Naquele dia, depois que saimos do antigo Hospital, fomos no restaurante do Banco Real e fomos conversar mais sobre nossos próximos planos!
Depois, continuei fazendo novos contatos com pessoas comuns e com ex pacientes e ex funcionários. Mais para fazer o projeto, teriamos que obter mais informações.
Foi ai que escrevemos um e-mail para o Condephaat, falando sobre a problemática do Hospital, e perguntando se poderiamos agendar uma visita para a obtenção de informações!
Eles responderam e agendaram a visita. Falamos com o diretor do Condephaat. E ele disse as seguintes coisas:
* Quem é o responsável pela manutenção do imóvel é o atual proprietário ou seja a PREVI. Eles tem a obrigação de fazer reparos de manutenção pela conservação dos prédios.
*Apenas a Maternidade e a igreja podem ser preservadas integralmente, admitindo pequenas reformas. (P1)
*Na parte amarela (do Hospital) podem ser preservadas as fachadas (do lado de fora) e os gabaritos. Podendo ocorrer mudanças nas partes interiores dos prédios, podendo haver novas adaptações, um novo uso dos prédios. (P2)
*A parte do prédio em construção (aquele que não chegou a ser utilizado) do lado da igreja e da Pediátria, pode ser demolido ou então ser restaurado e adaptado a um novo uso. (P3)
* A PREVI quer vender o imóvel, porém não encontra alguém que se interessa pelo imóvel, devido ao alto preço do terreno, e o precário estado de conservação dos prédios. Como o Complexo está tombado não pode ser demolido, e uma reforma, mesmo em caso de locação ou venda do imóvel, sairia muito caro.
*Dois grupos foram ao Condephaat mostrando interesse no complexo hospitalar. O primeiro grupo foi de estrangeiros (italianos) que gostariam de implantar no complexo, um hotel de luxo com restaurantes (sem demolir o complexo, iria reformar e readaptar os prédios) más como a reforma do complexo é cara (devido ao seu estado de deterioração) e por ser um imóvel tomado, eles não apareceram mais (provavelmente desistiram). O outro grupo foi a fundação Getulio Vargas, que queria expandir sua sede para o complexo, implantando cursos lá, mais acabaram desistiram também.
*Muito desses grupos acham que não vale a pena investir dinheiro com uma compra e uma reforma e depois não ter um retorno financeiro.
*Poderia sim haver uma venda do imóvel (alguém comprar o imóvel da PREVI). Poderia apresentar um projeto (com uma equipe de arquitetos fazendo as plantas do Complexo exteriormente e interiormente, os custos de quanto ficaria o orçamento para fazer o restauro e etc) e mandar o projeto para o Condephaat, e assim eles (do condephaat) poderiam aprovar o projeto sim ou não. Para fazer a reforma e o restauro, teria que fazer algumas modificações (como trocar toda a fiação elétrica, novas instalações) e também usar materiais especificos para não danificar a estrutura do complexo.
* Como o Hospital Matarazzo é um imóvel tombado, e se houvesse uma venda (durante a ação) do imóvel, o governo do estado teria mais vantagens nesta compra. Porém eles, ou a prefeitura teriam que mostrar interesse na compra do imóvel.
* O governo estadual poderia transformar o complexo em hospital novamente, porém o problema seria o alto custo com a reforma do complexo. No caso de uma compra, o governo poderia pagar (porque seria um dinheiro público rsrsrs) mais a reforma se fosse com um financiamento de empresas e bancos, seria dificil.
*No caso da Catedral da Sé foi diferente porque o Dom Claudio é uma pessoa pública e isso atraiu a atenção dos governos, de empresas e de bancos para custear a reforma.
* Um Hospital (como o Matarazzo) não teria problemas em ser reabilitado, por ser em formato de casarão, e não de prédios. A Santa Casa de Misericórdia é maior que o Matarazzo, e é um dos melhores Hospitais de São Paulo e do Brasil.
*As pessoas da periferia de São Paulo e de outros estados brasileiros, preferem ir em Hospitais grandes (como o Hospital das Clinicas) não se importando com a distância. Em razão disso, os grandes Hospitais não estão dando conta da demanda de pessoas. Consultas estão demorando de 6 meses a 1 ano.
* Quando o Hospital foi invadido pelos Sem Terra em 1997, foram roubadas vários objetos do Hospital, entre eles banheiras (dos banheiros), e equipamentos hospitalares.
*O Matarazzo antes de fechar, chegou a receber verbas do governo, porém naquela época ouve muitas irregularidades.
*Ele chegou a visitar o complexo, e falou com o Sr Administrador do Complexo, que foi muito gentiu com ele.
*Além de tudo, ele nos mostrou um livro, que tem todo o processo de tombamento do Hospital Matarazzo, o destombamento, as plantas daquele projeto cretino da PREVI, e entre outras coisas, e que podemos ir na biblioteca do Condephaat, se quiser ler mais sobre o assunto.
Foi mais ou menos isso que ele disse, não sei se é verdade sobre oque ele falou, pois o Condephaat foi absolutamente afavor daquele projeto da PREVI de demolir parte do Complexo para a construção de shopping, salas comerciais, flat, e um pequeno Hospital (para ricos).
Mais espero que dê alguma forma essas informações nos ajudem futuralmente.
Outro dia eu volto!
Kisses my friends!
sábado, 20 de dezembro de 2008
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
VISITA AO HOSPITAL MATARAZZO PARTE 2
VISITA A PARTE ONDE FUNCIONAVA O HOSPITAL, PARTE AMARELA:
Depois que saimos da Pediátria, o segurança simpático perguntou se nós tinhamos nos perdido lá dentro! Nós falamos que NÃO. Dai então entramos onde funcionava o antigo Hospital (casa de saúde Francisco Matarazzo, casa de saúde Ermelino Matarazzo, Vitorio Emanuele III,Pavilhão da Pediátria, Residência das Irmãs, Pavilhão Administrativo, Ambulatório, Enfermarias e etc). Quando entramos lá dentro, demos de cara com um grande escrito no chão do Hospital, "CASA DOS CRIADORES 2005" , lá realmente teve esse evento e porisso alguns lugares do piso térreo estavam reformados! Tinha uns banheiros, por sinal muito bonitos, novinhos! Nós continuavamos atrás das provas e continuavamos contando sala por sala, ala por ala, corredor por corredor! Quando entramos em uma sala, vimos uma tomada, e ascendemos a luz! Tinha Luz! E é estranho porque se o Complexo tem energia elétrica, e no segundo andar está uma fiação totalmente exposta, ali corre um sério risco de incêndio, isso é preocupante! Enquanto não arrumam isso, deverim desligar a energia elétrica no local (a chave de luz). Depois, estavamos andando pelos corredores, contando tudo, vendo os Jardins (aqueles mesmos que estava olhando da outra vez), e tudo mais, até que vimos a escada onde tinha o busto do Ermelino Matarazzo! Ali não tinhamos ido da outra vez, pois ali era o lugar que mais está deteriorado! Então subimos a grande escadaria, lindissima, e junto ao seu busto, estava muitas pichações, acho que foi os sem terra que estiveram lá em 1997, e fisseram uma bagunça lá, além de terem roubado vários aparelhos médicos que haviam no local antes. Quando subimos, vi um teto lindo, porém com as pinturas, todas se descascando! Um terror! Entramos então em um corredor, e vi aquele horror de perto! As paredes estavam com muitas infiltrações, estavam pretas! E quando olhei para cima!? Cadê o forro do teto? Simplesmente desabou! Fiquei chocada! O telhado estava muito furado, então fiquei pensando quando chove, o terror que deve ficar ali. Estavamos entrando em vários corredores, um labirinto! Eu estava simplesmente em pânico, achava que o telhado ia desabar na minha cabeça, pois a situação é de terror total! E quando pisavamos no chão? Ele estava quebrado! Andando, vimos um corredor escrito! Chefia de Enfermagem! Entramos lá, e encontramos uns armários quebrados, umas salas com uns azulejos soltando, e assim vai. Continuavamos andando, e achamos uns armários médicos! Intactos! Nossa amiga contou uma História que na época que o Hospital fechou, um ex funcionário ficou morando lá dentro por muito tempo, até que depois, acabaram expulsando ele de lá! E ele não queria ir! É engraçado como tantas pessoas são tão apegadas daquele Hospital. Continuavamos andando, e vendo o Complexo arruinado, deteriorado, ruindo, degradado! Tudo isso! Paredes estavam com muitissimas infiltrações, fios expostos, chão quebrado, sem forro e o telhado furado, pichações nas paredes, paredes cheia de furos, portas e janelas quebradas. Uma das coisas que mais me marcaram nestá visita, foi a sala onde funcionava a Cardiologia e uma outra! A sala de Cardiologia estava destruida, sem forro, paredes furadas, entulho, rachaduras e apenas um equipamento médico no meio daquilo tudo, equipamento de oxigênio! Triste demais aquilo. A outra sala, um terror! Vigas de madeira segurando o telhado, que estava desabado! (telhado de madeira) destruição Total! Além das paredes estarem com rachaduras! Ali se ninguém fazer algo, vai desabar! Mais esté segundo andar não tem só partes deterioradas, tem as partes bonitas e conservadas!
O complexo é uma coisa magnifica, muito bem construido! Fiquei pensando como esses arquitetos italianos e engenheiros fisseram uma obra tão complexa? Umas ala se ligam em outras por corredores, que tem sacadas, e nelas podemos ver outras partes do Hospital! Estavamos vendo tudo, dava para ver as Janelas das outras partes do Complexo (umas bem degradadas, como na primeira foto, bem podres e quebradas), os jardins, tanto que tinha até uma escada que dava para entrar dentro dos jardins! Quando saia desses corredores e iamos para outra ala, tinha umas passagens em formato de arcos romanos. corredores cheio de arcos, muitas salas, com o piso vermelho, grandes janelas, igualzinho nos anos 8O, e continuavamos contando as salas. Ali eu me lembrei que passavamos por lá quando eramos pequenas. Me veio na cabeça quando minha tia morreu em 1988, estavamos lá e vimos tudo, foi exatamente naquele lugar que ela tinha morrido!
!!!!!
Quando entramos em uns corredores, um deles estava totalmente escuro! E parecia que tinha almas lá, tanto que parecia que não estavamos sozinhas.
Fomos de uma ala para outra ala, e mais deterioração, e essa é das graves! Além das já citadas acima, nesta parte tinha banheiros (sem porta nem nada) só com um vazo sanitário cheio de merda de pombo! Credo! E o chão idem, merda de pombos em tudo que é lugar, um lixão! Tinha até pombos mortos ali! PREVI, vocês não estão cuidando do Complexo? Está deixando ele abandonado?
Dai, continuamos andando, vimos um buracão ali em um dos corredores, era um buraco onde tinha um elevador! Mais como o elevador não estava mais lá, só tinha o buraco. Do lado,tinha uma escada, e achavamos que nela dava para descer, e ir para o piso térreo, e também para o Subsolo (onde existe o famoso tunél). Iamos descer, mais era escuridão total! Desistimos! Pois iriamos cair e quem sabe, bater as botas!
Andamos mais, outro corredor, e avistamos a antiga escola de Enfermagem, lavanderia e cozinha! Um Horror, o prédio está totalmente podre, as paredes estão com infiltrações gerais, ali vai desabar se nada for feito (assim como o resto do Complexo). Ali entramos, além de tudo, os vidros da Janela estavam quebrados! Saimos de lá, e estavamos procurando a escada do Ermelino Matarazzo, mais cadê? Estavamos procurando a saida e nada, só corredores! Quase entramos naquela escada errada, mais achamos finalmente a escada do Ermelino.
Descemos e continuamos andando no primeiro corredor. Vimos a estatua do grande Francisco Matarazzo (o grande fundador do Complexo), vimos cadeiras, mesas, mais corredores, umas portas de vidro! Lindo! E novamente, subimos as escadas novamente, e ficamos andando em meio as deteriorações!
Então descemos denovo e saimos por trás, várias estatuas do Francisco Matarazzo (do lado de fora), demos a volta pelo Complexo, e finalmente chegou a hora de ir embora! Faltou ir no Subsolo, parte importantissima, mais como os elevadores estão quebrados, e as entradas fechadas e totalmente escuras, deixamos para a próxima.
Depois fomos falar com o caseiro, que não é caseiro, ele é ADMINISTRADOR do Complexo, ou seja funcionário da PREVI!
Perguntamos algumas coisas para ele, como onde estava o arquivo morto do Hospital? Ele disse que está lá mesmo, inclusive todas as fixas dos ex pacientes, funcionários, médicos, nascidos e etc, porém a PREVI não dava autorização exeto em casos especiais.
Que a fundação Zerbini desistiu da locação do Complexo, pois eles não pagaram nenhum imposto, e eles resindiram o contrato com a PREVI.
Que a arquiteta Helena Saia fez um estudo de todo o Complexo Hospitalar, porém se fosse ter uma reforma lá, precisaria saber qual seria sua finalidade (oque iria funcionar no complexo?)
Quando perguntamos se o Complexo poderia voltar a ser Hospital, ele fez a cara feia e disse: NÃO, pois não existe mais Hospital em formato de casa, e como há muitos Hospitais na Bela Vista, como a PREVI teria lucro?
Podiamos visitar o Complexo novamente, porém com uma autorização da PREVI anteriormente!
Gente, eu percebi que na verdade, ele respondeu daquele jeito porque ele está com alguma intuição, no nosso verdadeiro objetivo que é a reativação do Hospital.
Pode ser que ele gostaria que lá fosse reativado, porém ele é um funcionário da PREVI, e porisso ele não pode desapontá-los!
Essa visita foi muito importante, pois deu para perceber a verdadeira situação do antigo Hospital, ficam as evidências do mais puro abandono, descaso, e tudo de píor! Querem que o Hospital se degrade tanto, que com o tempo, ele acabe ruindo, e isso não queremos! Temos que fazer algo, antes que isso aconteça!
Gente, vamos fazer alguma coisa para salvar um icone de Hospital que marcou tantas gerações e tantas vidas!
espero contar com a ajuda de vocês!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Sherlock Holmes- segunda visita ao Complexo Hospitalar
Voltei gente....
Vou falar sobre a minha segunda visita ao Hospital Matarazzo. Foi no dia 9 de Setembro!
Um dia nublado, frio, e eu tinha acordado super estranha! Pois tinha tido um pesadelo...que nele aparecia eu trancada no Hospital, sem puder sair, em um dia chuvoso, e tudo desmoronando na minha cabeça!
Na verdade eu estava com muito medo do caseiro (que não é caseiro) não deixar nós entrarmos lá dentro do Complexo, pois no telefone ele perguntou diversas vezes. Oque vocêis querem fazer no Hospital? Já estiveram aqui uma vez? Cadê a autorização da PREVI? Nada de máquina fotográfica.
Eu estava muito tensa, e para piorar o tempo estava horrivél, mais como tinhamos marcado com a nossa amiga e já tinhamos agendado a visita com o caseiro, fomos mesmo assim.
Pegamos o ônibus, atrazadas, e quando entramos, chuva! e trânsito.
Quando chegamos lá, encontrei a minha amiga andando pela Alameda Rio Claro, atrás de mim!
Tinhamos chegado pontualmente. Depois nós três demos uma passada no banheiro de uma padaria que fica de frente com o Hospital, e tomamos fôlego e entramos.
Na portaria, diferentemente da outra vez, tinha um segurança bem simpático, simpático mesmo. Ele chamou o caseiro, e ele diferente de quando falamos com ele pelo telefone, estava muito simpático!
Ele disse. - Vocêis adoram esse Hospital!
O Hospital estava vázio! Sinistro!
Ele deu passagem livre para nós entrarmos. Primeiro entramos na Maternidade Condessa Filomena Matarazzo.
Estavamos conversando com a nossa nova amiga, e ela estava nos falando que só tinha estado no Hospital uma vez, quando era pequena. Que sua mãe trabalhava como enfermeira na Maternidade durante muito tempo! E que quase ela foi batisada lá na igreja do Hospital.
Quando entramos, tinha uma vassoura lá, parada, muito estranho; dai começamos a entrar no labirinto, corredor por corredor, sala por sala. E a nossa amiga pediu para nós três contarmos todas as salas, corredores, alas... haja números.
Neste primeiro andar, ela tinha ficado encantada com as pias de Mármore que tinha em algumas salas (herança da casa cor).
Também achamos uma cama em uma das salas (Seria do caseiro que não é caseiro?) Inclusive comentamos que se fosse, se ele não tinha medo de fantasmas, que ali deveria ter muitos.
O estranho é que desta vez, as janelas estavam fechadas, e em umas salas estava tudo muito escuro. Achamos até uns aparelhos médicos, e já estavamos conseguindo nossas primeiras provas (que eu não direi por enquanto).
No segundo andar, começamos a perceber que a situação da Maternidade não era das melhores, estava mais deteriorado que da primeira vez que estivemos lá. Quando passamos, um pedação de tinta estava se soltando da parede (descascando) e quase caiu na nossa cabeça! Eu, louca como sempre, catei e coloquei na minha blusa como reliquea!
Ali, minha amiga, até entrou dentro de um elevador quebrado!
No Terceiro andar, a situação está muito pior que da primeira vez que estivemos. Rachaduras nas paredes, infiltrações, fiação exposta, elevadores quebrados, portas de salas que não se abriam, e assim vai, e continuavamos contando.
Subimos a grande escada e demos de cara com a parte mais deteriorada da maternidade, logo de cara vimos que um pedaço do forro tinha acabado de cair! Horrivél! Também vimos que o chão estava quebrado, encanamentos podres inclusive, abrimos várias portas de pias, e vimos muita infiltração ali dentro! Mais rachaduras, mais elevadores quebrados, mais janelas quebradas, mais fiações expostas, mais forros do telhado caindo (um inclusive tinha formato de cruz, um horror), mais vimos também aquele belo salão, e também descobrimos que tinha uma sacada, e quando saimos, demos de cara com uma vista linda de todo o Complexo e também da AV Paulista!
Depois, nossa amiga, que é mais pirada que eu, nos levou até o telhado. Ali tinha umas duas salas! e um corredor!
Um tinha muitos fios e estava escrito assim ( sala de combate a incêndio), claro morri de medo e pensei que ali corre um grande perigo, pois a muitos fios expostos! também tinha uma lousa, e várias pichações escrito que lá nasciam muitas criancinhas!
A outra sala era o telhado! Vimos que ele, por sinal, está furado! Triste!
Depois, nossa amiga achou que alguem estava por perto (seria algum funcionário da PREVI?) Não, era sinal de alguma alma! Fantasmas!
Ela disse que estava ouvindo vozes! Então descemos as escadas correndo, de andar por andar, e cadê a saida? Achamos porcausa da vassoura que tinha, que foi nosso guia!
PRÉDIO ABANDONADO
Não sei oque funcionava lá, eu, no início achava que era o prédio da antiga Pediátria (essa eu ia quando era pequena), mais lá só tinha uma placa, e pedreiros trabalhando lá. Será que a PREVI quer construir alguma coisa lá? Seria ilegal, já que eles estão impedidos de fazer qualquer construção lá (só podem fazer a manutenção, e isso eles não fazem quase nunca).
O prédio na verdade foi a ultima construção no terreno, nos anos 70, e essa obra não chegou a ser concluida! Nele só tinha uns buracos, concreto, umas escadas......
Minha amiga nós empurrou lá para dentro! Escuridão total! E ela, como disse, mais louca doque eu, foi subindo as escadas, só com a luz do celular! Enquanto vigiavamos para ninguém da PREVI ver.
Quando ela chegou, disse que lá tinha vários corredores, várias salas, e que a construção estava bem adiantada lá.
Então saimos de lá!
IGREJA DE SANTA LÚCIA
Entramos lá, e nossa amiga começou a mexer em tudo, e nós, morrendo de medo de algum funcionário da PREVI chegar e nos expulsar de lá! Ela mexeu até no livro de batismo!
Fomos andando pela igreja e lá, está tudo certo! Não está deteriorado!
Tem várias placas da familia Matarazzo, inclusive da Virgilia Matarazzo. Tinha um poster do papa João Paulo II, e nós achamos que os funcionários da PREVI rezam lá! rsrrsrrs
PEDIÁTRIA!
Quando entramos lá, estava tudo limpinho, até faxineira limpando lá!
Lá tem água, luz elétrica, computador, e vocês sabem por que?
Porque lá fica o escritório do caseiro (Será que ele é um caseiro?) , quando estavamos passando, vimos ele lá, usando o computador.
Em geral, a Pediátria (que eu ia muito com minha mãe quando era pequena) está conservada.
As portas de vidro estão intactas, as janelas, e até os bancos que as pessoas esperavam!..o chão vermelho...e até o elevador?! Não, esse não está conservado, está quebrado! Muito sinistro!
Além da sala que estava o funcionário da PREVI, tinha uma sala que tinha muitas encubadoras e equipamentos médicos (uma tristeza ver tudo aquilo, que poderia estar tendo alguma utilidade).
Ah, uma das salas tinha uns lustres (aqueles mesmos que eram moda nos anos 80), e finalmente uma sala deteriorada (tinha que ter) com buracos na parede!
Na verdade nem a Maternidade, nem o prédio abandonado, nem a igreja e nem a Pediátria estavam tão deteriorados como a parte onde funcionava O HOSPITAL! Ou seja a PARTE AMARELA!
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Projeto!
Olá pessoal voltei!
No ultimo post que publiquei aqui, tinha falado sobre tudo que andou ocorrendo em relação ao Hospital Matarazzo ao longo destes anos. Infelizmente a situação atual não é das melhores! Hospital abandonado e com seu destino indefinido.
Como disse, não gostaria de ver tudo isso acontecendo, e não fazer nada! Sei que sou uma pobre coitada, que não pode fazer nada sozinha, mais com a união das pessoas em prol desse objetivo, sim podemos fazer algo! A união faz a força!
O objetivo é claro!!!!!! Que o Hospital Matarazzo seje salvo da degradação, da previ (que quer implantar aquele projeto de demolir o complexo para fazer shopping, flat e salas comerciais), e que volte a ter uma nova utilidade! Ser um Hospital Público!
Primeiramente começei a fazer muitas pesquisas, tudo relacionado ao Hospital Matarazzo (sua História, a Casa Cor que ocorreu lá, a Casa dos Criadores, o lance da ação civil pública, o projeto da PREVI e entre muitas outras coisas).
Entre essas coisas que pesquisei, eu achei dois textos de dois ex pacientes que contam sua ligação com o Hospital Matarazzo. (Em um site chamado, São Paulo, minha cidade.)
Realmente achei as duas Histórias muito emocionantes, e mostra como aquele belo complexo hospitalar foi importante para tantas pessoas, ajudando a salvar tantas vidas.
Enfim, mais parece que a PREVI nem se importou com isso, e prefere se importar com seu lucro!
Depois, começei a vasculhar o orkut, e procurar em comunidades para encontrar pessoas que pensam como eu!
Muitas pessoas (principalmente ex- funcionários), lembram muito de quando eles trabalhavam no Hospital, de como era bom trabalhar ali, das histórias, e tudo mais. Porém a maioria das pessoas só lembram de quando o Hospital funcionava, alguns deles lembram só do passado, apenas isso, e não acreditam que o Complexo poderá funcionar algum dia!
Mais também encontrei ex funcionários que realmente gostariam que o complexo voltasse a ter uma função hospitalar.
Muitos ex funcionários, e porque não, filho de ex funcionários?
Encontrei uma menina, que é filha de uma ex funcionária (não vou falar o nome dela aqui, para não a expor). Ela realmente quer que o Matarazzo volte a funcionar, e como Hospital Público. Ela realmente me passou firmeza!
Ela (junto com a minha irmã e eu, é claro) somos as atuais lideres deste movimento que começará, para salvar o antigo Hospital Matarazzo da ruina, a voltar a ter a sua antiga função! Voltar a ser Hospital e Público!
Nosso primeiro passo, em trio, foi agendar uma nova vizita ao Hospital Matarazzo!
Desta vez não para lembrar de nada, e sim para sermos detetives!!!!!
Ligamos novamente para o caseiro (que na verdade não é caseiro, depois contamos isso), e é claro, ele achou estranho, porque tinhamos ido a pouco tempo lá, e não pedimos autorização para a PREVI, mais como falamos que iriamos levar nossa amiga (que não conhecia o complexo), e ele nos conhecia, o caseiro que não é caseiro acabou mancando uma data para nós irmos! Mais disse uma coisa: NADA DE TIRAR FOTOS!!!!!!!
Nossa vizita foi agendada para o dia 9 de Setembro!
Depois eu conto como foi a nova vizita ao Complexo! Muito Medo!!!!!
No ultimo post que publiquei aqui, tinha falado sobre tudo que andou ocorrendo em relação ao Hospital Matarazzo ao longo destes anos. Infelizmente a situação atual não é das melhores! Hospital abandonado e com seu destino indefinido.
Como disse, não gostaria de ver tudo isso acontecendo, e não fazer nada! Sei que sou uma pobre coitada, que não pode fazer nada sozinha, mais com a união das pessoas em prol desse objetivo, sim podemos fazer algo! A união faz a força!
O objetivo é claro!!!!!! Que o Hospital Matarazzo seje salvo da degradação, da previ (que quer implantar aquele projeto de demolir o complexo para fazer shopping, flat e salas comerciais), e que volte a ter uma nova utilidade! Ser um Hospital Público!
Primeiramente começei a fazer muitas pesquisas, tudo relacionado ao Hospital Matarazzo (sua História, a Casa Cor que ocorreu lá, a Casa dos Criadores, o lance da ação civil pública, o projeto da PREVI e entre muitas outras coisas).
Entre essas coisas que pesquisei, eu achei dois textos de dois ex pacientes que contam sua ligação com o Hospital Matarazzo. (Em um site chamado, São Paulo, minha cidade.)
Realmente achei as duas Histórias muito emocionantes, e mostra como aquele belo complexo hospitalar foi importante para tantas pessoas, ajudando a salvar tantas vidas.
Enfim, mais parece que a PREVI nem se importou com isso, e prefere se importar com seu lucro!
Depois, começei a vasculhar o orkut, e procurar em comunidades para encontrar pessoas que pensam como eu!
Muitas pessoas (principalmente ex- funcionários), lembram muito de quando eles trabalhavam no Hospital, de como era bom trabalhar ali, das histórias, e tudo mais. Porém a maioria das pessoas só lembram de quando o Hospital funcionava, alguns deles lembram só do passado, apenas isso, e não acreditam que o Complexo poderá funcionar algum dia!
Mais também encontrei ex funcionários que realmente gostariam que o complexo voltasse a ter uma função hospitalar.
Muitos ex funcionários, e porque não, filho de ex funcionários?
Encontrei uma menina, que é filha de uma ex funcionária (não vou falar o nome dela aqui, para não a expor). Ela realmente quer que o Matarazzo volte a funcionar, e como Hospital Público. Ela realmente me passou firmeza!
Ela (junto com a minha irmã e eu, é claro) somos as atuais lideres deste movimento que começará, para salvar o antigo Hospital Matarazzo da ruina, a voltar a ter a sua antiga função! Voltar a ser Hospital e Público!
Nosso primeiro passo, em trio, foi agendar uma nova vizita ao Hospital Matarazzo!
Desta vez não para lembrar de nada, e sim para sermos detetives!!!!!
Ligamos novamente para o caseiro (que na verdade não é caseiro, depois contamos isso), e é claro, ele achou estranho, porque tinhamos ido a pouco tempo lá, e não pedimos autorização para a PREVI, mais como falamos que iriamos levar nossa amiga (que não conhecia o complexo), e ele nos conhecia, o caseiro que não é caseiro acabou mancando uma data para nós irmos! Mais disse uma coisa: NADA DE TIRAR FOTOS!!!!!!!
Nossa vizita foi agendada para o dia 9 de Setembro!
Depois eu conto como foi a nova vizita ao Complexo! Muito Medo!!!!!
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
A monstruosidade
Gente voltei depois de tanto tempo.
Vamos lá!
A pergunta que todas as pessoas se fazem é: Porque o Hospital Matarazzo fechou?
Foi por vários motivos, e eu vou tentar escrever aqui algum dos motivos!
O Matarazzo não era um Hospital totalmente público, para começar quem eram os seus donos eram a família Matarazzo, e eles quem administravam o Hospital.
Em 1984 os Matarazzo (Sociedade Beneficente Hospital Matarazzo) queria demolir o complexo, mais foi impedido pelo Condephaat (como o Hospital Matarazzo fica em uma região envoltória próximo ao masp (300 metros) que é um imóvel tombado, tiveram que pedir autorização para o Condephaat, mais eles não deram autorização).
O membro do conselho consultivo do Condephaat, o arquiteto Paulo Bastos, além de impedir está monstruosidade, ele iniciou um verdadeiro processo de tombamento do Matarazzo! E foi concluído no dia 19/05/1986
Os edifícios que compõem o Hospital Matarazzo sofre três guaus de preservação:
P1- (grau de proteção-preservação integral)- admite-se pequenas reformas, incidiu sobre a Capela e a Maternidade Condessa Filomena Matarazzo
P2- (grau de proteção-preservação das fachadas, coberturas e dos gabaritos)- incidiu sobre diversos outros prédios do conjunto arquitetônico
P3- (grau de proteção, que preserva apenas e tão somente a volumetria dos edifícios sob os quais incide).
Nesta época o Hospital então não sofria nenhum risco de demolição, coisas que com o passar dos anos começaram a mudar!
O Hospital chegou a ser conveniado ao INAMPS, más com o tempo, O INAMPS começou a desviar verbas que era destinado ao hospital, e tudo se mostrou um verdadeiro escândalo.
Em 1990, porém o Hospital já estava começando a entrar em crise! Vários setores estavam tendo problemas, o único que resistia bravamente era o das crianças! Era já a especulação Imobiliária que estava dando as caras. Eles estavam interessados no terreno, que por ficar próximo da Av Paulista, vale muito!
O Hospital estava mergulhando em dividas, e seu fim era evidente.
Em 1993, o diretor da PREVI estava se informando sobre a situação que o Hospital se encontrava, (para comprá-lo!) E sem ninguém saber, o José Serra fez uma reunião com os donos do Complexo Hospitalar, ou seja a família Matarazzo e também com o presidente do banco do Brasil para resolver o problema que o Hospital enfrentava, com soluções passiveis!
Depois, em Outubro de 1993, o Hospital foi fechado pela vigilância sanitária, por falta de Higiene e limpeza, na verdade era só um pretexto para o Hospital Fechar.Mesmo com muitos funcionários fazendo passeatas, na Av Paulista e na Brigadeiro Luiz Antônio para que isso (que o Hospital fechasse) não ocorrece!
Mais infelizmente isso ocorreu e de maneira definitiva!
Em 1994, a PREVI, praticamente dona do Complexo, queria implantar um projeto de demolir o complexo para construir um shopping center,flat para idosos, um prédio comercial e um Hospital no terreno.
A PREVI havia contratado o arquiteto Júlio Nevez para implantar o projeto.
Embora o Hospital Matarazzo fosse tombado pelo Condephaat, de maneira estranha, foi montado um plano de massas, onde começou um verdadeiro processo de destombamento do Complexo Hospitalar.
O Condephaat destombou o imóvel sem nenhuma razão para tal, que o mesmo Condephaat havia encontrado razões fortíssimas e inquestionáveis para o tombamento (valores urbanísticos, culturais, arquitetônicos e históricos que justificam o seu tombamento) ouve portanto um desviu de finalidade!
Do Complexo Hospitalar, seria preservado praticamente, o grau de preservação P1 (a igreja e a Maternidade somente) o resto seria demolido.
Em 1996 o prefeito de São Paulo, o então Paulo Maluf (amigo de Julio Nevez) concedeu alvarás de aprovação e e posterior execução das obras (demolir o complexo hospitalar), sem nenhum estudo prévio de impacto ambiental e de um relatório de impacto de vizinhança.
Tudo isso, na verdade, estava cheio de irregularidades, portanto, um projeto totalmente ilegal, ferindo gravemente as normas do tombamento do Complexo.
Em 1997, foi criado o comitê "Vêm pro Bixiga", e em 1998 foi criada a "Associação de Amigos e Moradores em Qualidade de Vida da Bela Vista. E seu presidente era Ângela M. O. Mello.
Em 1999 essas associações de moradores da Bela Vista, entraram na justiça contra oque chamaram de "destombamento" e entraram com uma ação civil pública contra a PREVI, o Governo Municipal, e o Governo do Estado de SP. E com isso, eles conseguiram barrar a obra.
Em 2004 saiu uma sentença judicial favorável aos moradores. A PREVI recorreu, e enquanto aguarda o julgamento do recurso, tenta alugar o complexo sem sucesso.
Para diminuir seu prejuízo, a PREVI aluga o terreno para um estacionamento.
Gente, então isso é mais ou menos oque anda ocorrendo com o antigo Hospital Matarazzo, enquanto tudo isso ocorre, o Complexo está se transformando em ruínas.
Duas coisas me preocupam nisso tudo:
1- A PREVI acabar ganhando (no julgamento final) e querer demolir o complexo!
2- O Complexo Hospitalar ir se deteriorando mais e mais, e acabar ruindo!
Como vocês sabem, a PREVI não faz a manutenção do Imóvel, não sei se é de propósito, mais estão deixando o Hospital Matarazzo abandonado!
Com tudo isso, minha real intenção é acabar com essa novela mexicana, e o Complexo saia das mãos do inimigo, portando da PREVI, e seja reformado, restaurado e volte a se tornar um Hospital Público.
Sei que isso vai ser um caminho difícil, duro, e teremos que enfrentar os interesses dos poderosos, mais vamos pensar: Se a PREVI está tendo prejuízos (pois só de IPTU eles estão pagando 800.000 por ano, e já gastaram ao total, 204 milhões com o Complexo), por quê eles não vendem o Hospital Matarazzo para o governo? Eles ganhariam dinheiro com está venda, e sairiam destas pendências judiciais.
E por outro lado, o governo poderia ganhar muito com isso, reabrindo o Complexo. Poderiam ganhar prestigio, e votos.
Depois eu falo mais sobre isso.
Adeus amigos!
Vamos lá!
A pergunta que todas as pessoas se fazem é: Porque o Hospital Matarazzo fechou?
Foi por vários motivos, e eu vou tentar escrever aqui algum dos motivos!
O Matarazzo não era um Hospital totalmente público, para começar quem eram os seus donos eram a família Matarazzo, e eles quem administravam o Hospital.
Em 1984 os Matarazzo (Sociedade Beneficente Hospital Matarazzo) queria demolir o complexo, mais foi impedido pelo Condephaat (como o Hospital Matarazzo fica em uma região envoltória próximo ao masp (300 metros) que é um imóvel tombado, tiveram que pedir autorização para o Condephaat, mais eles não deram autorização).
O membro do conselho consultivo do Condephaat, o arquiteto Paulo Bastos, além de impedir está monstruosidade, ele iniciou um verdadeiro processo de tombamento do Matarazzo! E foi concluído no dia 19/05/1986
Os edifícios que compõem o Hospital Matarazzo sofre três guaus de preservação:
P1- (grau de proteção-preservação integral)- admite-se pequenas reformas, incidiu sobre a Capela e a Maternidade Condessa Filomena Matarazzo
P2- (grau de proteção-preservação das fachadas, coberturas e dos gabaritos)- incidiu sobre diversos outros prédios do conjunto arquitetônico
P3- (grau de proteção, que preserva apenas e tão somente a volumetria dos edifícios sob os quais incide).
Nesta época o Hospital então não sofria nenhum risco de demolição, coisas que com o passar dos anos começaram a mudar!
O Hospital chegou a ser conveniado ao INAMPS, más com o tempo, O INAMPS começou a desviar verbas que era destinado ao hospital, e tudo se mostrou um verdadeiro escândalo.
Em 1990, porém o Hospital já estava começando a entrar em crise! Vários setores estavam tendo problemas, o único que resistia bravamente era o das crianças! Era já a especulação Imobiliária que estava dando as caras. Eles estavam interessados no terreno, que por ficar próximo da Av Paulista, vale muito!
O Hospital estava mergulhando em dividas, e seu fim era evidente.
Em 1993, o diretor da PREVI estava se informando sobre a situação que o Hospital se encontrava, (para comprá-lo!) E sem ninguém saber, o José Serra fez uma reunião com os donos do Complexo Hospitalar, ou seja a família Matarazzo e também com o presidente do banco do Brasil para resolver o problema que o Hospital enfrentava, com soluções passiveis!
Depois, em Outubro de 1993, o Hospital foi fechado pela vigilância sanitária, por falta de Higiene e limpeza, na verdade era só um pretexto para o Hospital Fechar.Mesmo com muitos funcionários fazendo passeatas, na Av Paulista e na Brigadeiro Luiz Antônio para que isso (que o Hospital fechasse) não ocorrece!
Mais infelizmente isso ocorreu e de maneira definitiva!
Em 1994, a PREVI, praticamente dona do Complexo, queria implantar um projeto de demolir o complexo para construir um shopping center,flat para idosos, um prédio comercial e um Hospital no terreno.
A PREVI havia contratado o arquiteto Júlio Nevez para implantar o projeto.
Embora o Hospital Matarazzo fosse tombado pelo Condephaat, de maneira estranha, foi montado um plano de massas, onde começou um verdadeiro processo de destombamento do Complexo Hospitalar.
O Condephaat destombou o imóvel sem nenhuma razão para tal, que o mesmo Condephaat havia encontrado razões fortíssimas e inquestionáveis para o tombamento (valores urbanísticos, culturais, arquitetônicos e históricos que justificam o seu tombamento) ouve portanto um desviu de finalidade!
Do Complexo Hospitalar, seria preservado praticamente, o grau de preservação P1 (a igreja e a Maternidade somente) o resto seria demolido.
Em 1996 o prefeito de São Paulo, o então Paulo Maluf (amigo de Julio Nevez) concedeu alvarás de aprovação e e posterior execução das obras (demolir o complexo hospitalar), sem nenhum estudo prévio de impacto ambiental e de um relatório de impacto de vizinhança.
Tudo isso, na verdade, estava cheio de irregularidades, portanto, um projeto totalmente ilegal, ferindo gravemente as normas do tombamento do Complexo.
Em 1997, foi criado o comitê "Vêm pro Bixiga", e em 1998 foi criada a "Associação de Amigos e Moradores em Qualidade de Vida da Bela Vista. E seu presidente era Ângela M. O. Mello.
Em 1999 essas associações de moradores da Bela Vista, entraram na justiça contra oque chamaram de "destombamento" e entraram com uma ação civil pública contra a PREVI, o Governo Municipal, e o Governo do Estado de SP. E com isso, eles conseguiram barrar a obra.
Em 2004 saiu uma sentença judicial favorável aos moradores. A PREVI recorreu, e enquanto aguarda o julgamento do recurso, tenta alugar o complexo sem sucesso.
Para diminuir seu prejuízo, a PREVI aluga o terreno para um estacionamento.
Gente, então isso é mais ou menos oque anda ocorrendo com o antigo Hospital Matarazzo, enquanto tudo isso ocorre, o Complexo está se transformando em ruínas.
Duas coisas me preocupam nisso tudo:
1- A PREVI acabar ganhando (no julgamento final) e querer demolir o complexo!
2- O Complexo Hospitalar ir se deteriorando mais e mais, e acabar ruindo!
Como vocês sabem, a PREVI não faz a manutenção do Imóvel, não sei se é de propósito, mais estão deixando o Hospital Matarazzo abandonado!
Com tudo isso, minha real intenção é acabar com essa novela mexicana, e o Complexo saia das mãos do inimigo, portando da PREVI, e seja reformado, restaurado e volte a se tornar um Hospital Público.
Sei que isso vai ser um caminho difícil, duro, e teremos que enfrentar os interesses dos poderosos, mais vamos pensar: Se a PREVI está tendo prejuízos (pois só de IPTU eles estão pagando 800.000 por ano, e já gastaram ao total, 204 milhões com o Complexo), por quê eles não vendem o Hospital Matarazzo para o governo? Eles ganhariam dinheiro com está venda, e sairiam destas pendências judiciais.
E por outro lado, o governo poderia ganhar muito com isso, reabrindo o Complexo. Poderiam ganhar prestigio, e votos.
Depois eu falo mais sobre isso.
Adeus amigos!
domingo, 14 de setembro de 2008
PARTE AMARELA
Pois então gente, tinha falado sobre a maternidade Condessa Filomena Matarazzo, agora vou falar sobre a casas de saúde " Umberto I, ou Matarazzo".
Depois que saimos da Maternidade, o caseiro disse que podiamos ir onde quisermos, então fomos:
Logo na parte da frente do complexo estava escrito "casa de saúde Francisco Matarazzo" , e então entramos. Logo quando entramos na primeira porta (verde), tinha uma sala escura que dava em outras, muito estranho, mais logo demos de cara com um salão totalmente reformado (porcausa da casa cor), com o chão totalmente reformado (parecia chão de marmore), e com um escrito "Casa Cor", e também "Casa dos Criadores 2005", lá perto também tinha uma estátua do conde Francisco Matarazzo, eu olhei o busto e pensei: -Oque fisseram com seu hospital conde, este lugar não pertence mais, nem a saúde, nem aos pobres, mais sim por um bando de gente interesseira! Temos que salvar seu hospital.
Vi aquela famosa frase "Que o dinheiro dos ricos se reverta na saúde dos pobres".
Fiquei muito triste com isso.
Olhava as paredes, amarelas, totalmente sujas,e com muita úmidade, mais ainda sim, lá tem energia elétrica (ápenas neste andar).
O Chão (tirando no salão), continuava vermelho, começamos a andar pelos corredores e pelas salas. As portas estavam totalmente quebradas (onde tinha porta), muitas salas ainda sim, escuras; muitas janelas fechadas e outras quebradas!
Era triste ver um banco de cimento (o mesmo que eu sentava quando estava doente muitos anos antes), totalmente solitário! Sujo por demasia, até que entramos em um corredor que saia em um jardim!
Esse sim, esse Jardim eu me lembro bem dele. Nesta parte o corredor é aberto e tem até uma escadinha (para baixo) para entrar dentro do Jardim! Ele continua suntuoso, tem um banco de cimento nele, parece que voltamos em 1986!
O mais estranho é que além do Jardim, dava para ver os outros prédios do complexo! As Janelinhas verdes, umas quebradas! As paredes bem apodrecidas (muitissimo mais que em qualquer lugar da Maternidade). Eu fiquei novamente sem ação! Não é possivél que um lugar que antes era cheio de gente se transformou em um lugar solitário, abandonado e etc!
Pois é gente, é triste, depois do jardim entramos em um corredor que tinha umas portas de vidro, parece aquelas de UTI, quem sabe!
Vimos os elevadores, e um corredor que saia em outra entrada, nesta vimos mais bancos de cimento! Na entrada nessa parte estava escrito: Raio X, medicamentos, e consultas!
Muitos lugares estavam com o nome das especialidades que tinham lá!
Voltamos a entrar, em um corredor, em outro, até que um deles tinham os armários médicos, meio enferrujados!
Dai, quando fomos ver, ali a enorme escada, que tinha um busto do Ermelino Matarazzo, mais ficamos assombradas pois se subissemos a escada, entariamos na parte mais deteriorada de todo o complexo (tirando a do necrotério).
E lembramos doque vimos e oque o caseiro disse, -Cuidado, que lá cima o forro está caindo e vocêis podem se machucar!
Então, corremos, e cadê a saida! Parecia um filme de terror (não tanto quanto desta vez que fui, que subimos lá e nem conto oque vimos, mais só vou contar em outro post).
Nada de saida, uma sala, outra, um corredor, que medo, e começei a pensar em quantas pessoas que haviam morrido ali, e quantas haviam sobrevivido, como eu.
Acabamos encontrando a saída, mais não queria ir embora, quando vi o busto do conde, eu prometi que iria voltar e que iria fazer de tudo para salvar seu complexo hospitalar.
Não vi o caseiro, só uns seguranças que ficaram impressionados com nossa coragem!
Eu vi que mesmo assim, o complexo com alguns lugares degradados, tem salvação!
Até amigos!
Depois que saimos da Maternidade, o caseiro disse que podiamos ir onde quisermos, então fomos:
Logo na parte da frente do complexo estava escrito "casa de saúde Francisco Matarazzo" , e então entramos. Logo quando entramos na primeira porta (verde), tinha uma sala escura que dava em outras, muito estranho, mais logo demos de cara com um salão totalmente reformado (porcausa da casa cor), com o chão totalmente reformado (parecia chão de marmore), e com um escrito "Casa Cor", e também "Casa dos Criadores 2005", lá perto também tinha uma estátua do conde Francisco Matarazzo, eu olhei o busto e pensei: -Oque fisseram com seu hospital conde, este lugar não pertence mais, nem a saúde, nem aos pobres, mais sim por um bando de gente interesseira! Temos que salvar seu hospital.
Vi aquela famosa frase "Que o dinheiro dos ricos se reverta na saúde dos pobres".
Fiquei muito triste com isso.
Olhava as paredes, amarelas, totalmente sujas,e com muita úmidade, mais ainda sim, lá tem energia elétrica (ápenas neste andar).
O Chão (tirando no salão), continuava vermelho, começamos a andar pelos corredores e pelas salas. As portas estavam totalmente quebradas (onde tinha porta), muitas salas ainda sim, escuras; muitas janelas fechadas e outras quebradas!
Era triste ver um banco de cimento (o mesmo que eu sentava quando estava doente muitos anos antes), totalmente solitário! Sujo por demasia, até que entramos em um corredor que saia em um jardim!
Esse sim, esse Jardim eu me lembro bem dele. Nesta parte o corredor é aberto e tem até uma escadinha (para baixo) para entrar dentro do Jardim! Ele continua suntuoso, tem um banco de cimento nele, parece que voltamos em 1986!
O mais estranho é que além do Jardim, dava para ver os outros prédios do complexo! As Janelinhas verdes, umas quebradas! As paredes bem apodrecidas (muitissimo mais que em qualquer lugar da Maternidade). Eu fiquei novamente sem ação! Não é possivél que um lugar que antes era cheio de gente se transformou em um lugar solitário, abandonado e etc!
Pois é gente, é triste, depois do jardim entramos em um corredor que tinha umas portas de vidro, parece aquelas de UTI, quem sabe!
Vimos os elevadores, e um corredor que saia em outra entrada, nesta vimos mais bancos de cimento! Na entrada nessa parte estava escrito: Raio X, medicamentos, e consultas!
Muitos lugares estavam com o nome das especialidades que tinham lá!
Voltamos a entrar, em um corredor, em outro, até que um deles tinham os armários médicos, meio enferrujados!
Dai, quando fomos ver, ali a enorme escada, que tinha um busto do Ermelino Matarazzo, mais ficamos assombradas pois se subissemos a escada, entariamos na parte mais deteriorada de todo o complexo (tirando a do necrotério).
E lembramos doque vimos e oque o caseiro disse, -Cuidado, que lá cima o forro está caindo e vocêis podem se machucar!
Então, corremos, e cadê a saida! Parecia um filme de terror (não tanto quanto desta vez que fui, que subimos lá e nem conto oque vimos, mais só vou contar em outro post).
Nada de saida, uma sala, outra, um corredor, que medo, e começei a pensar em quantas pessoas que haviam morrido ali, e quantas haviam sobrevivido, como eu.
Acabamos encontrando a saída, mais não queria ir embora, quando vi o busto do conde, eu prometi que iria voltar e que iria fazer de tudo para salvar seu complexo hospitalar.
Não vi o caseiro, só uns seguranças que ficaram impressionados com nossa coragem!
Eu vi que mesmo assim, o complexo com alguns lugares degradados, tem salvação!
Até amigos!
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
visita ao complexo part- 2
Olá gente voltei....
Eu estava falando sobre minha primeira visita ao complexo (fui mais uma vez nele, terça feira e foi ótimo)
Quando chegamos lá, falamos que estavamos querendo visitar o prédio por dentro, um segurança ficou surpreso e disse:
-Oque vocêis querem fazer aqui, pois aqui está desativado a muito tempo, vocêis tem autorização da PREVI?
E aí falamos que sim, e dai ele chamou o caseiro! Ele por sinal é um senhor muito simpático, notei logo de cara que ele gosta muito de lá!
E ele disse que iria nos levar primeiramente na Maternidade Condessa Filomena Matarazzo!
Eu estava olhando todo o Complexo por fora, umas partes conservadas, e outras bem deterioradas, principalmente a parte amarela! Dava para ver as Janelas podres, o telhado com uma parte apodrecida! Fiquei até sem ação!
Mais mesmo assim, me lembrou muito quando era pequena.
Quando o caseiro nos levou na Maternidade, no primeiro andar, estava tudo muito conservado, acho que é porque teve a casa cor em 2003, as janelas estavam abertas, as salas, os corredores....tudo muito em bom estado!
O elevador estava quebrado,mais também é bem antigo! Ele nos mostrou até um corredor subterrâneo onde passavam as roupas médicas, os equipamentos médicos e etc. Lá eu vi a praca do primeiro banco de leite de SP que foi lá!
Como disse, ele nos disse que trabalha lá desde 1999, mais conhece tudo, tudo que funcionava no hospital.
Nos disse sobre o descasso das autoridades, que não fazem nada pelo hospital, que está praticamente abandonado!
Nem lembrava que a Maternidade era tão bonita, mais algumas partes "onde ocorreu a casa cor", estão mais mudadas, em um banheiro tinha até uma pia de marmore! Porém o prédio está sujo, muito sujo, parece que ninguém limpa lá!
No segundo andar estava também muito conservado, mais em algumas partes já davam para ver algumas coisas deterioradas!
Algumas paredes estavam com umidade, umas lascaduras na parede, elevador de manivela sem funcionar. Eram muitas salas, muitos corredores, parece até um labirinto, eu fiquei imaginando quantas pessoas poderiam ser atendidas ali!
Aí o caseiro disse que iria nos esperar e agente podia ver os outros dois andares sozinhas. No terceiro, as coisas já não iam muito bem, os corredores e salas enormes, sujas, fiação elétrica a vista, paredes se descascando, umidade mais elevada, algumas janelas quebradas, umas salas totalmente escuras e com muito mofo, e o chão, em algumas partes, quebrado.
O teto, já estava querendo quebrar! Uma cena muito triste, ver como ali está abandonado e a PREVI e o governo? Nada fazem para recuperar este lugar tão bonito!
Fomos no quarto andar! Subimos uma escada bem grande que tinha umas janelas grandes, bonitas....tinha até um monumento, subimos e demos de cara com o mais puro abandono (claro, nada comparado a parte amarela nos outros prédios).
Lá os banheiros estavam quebrados, a parede úmida ao extremo, as fiações em estado precário (fios amontoados), sujo, escuro, salas com úmidade,chão quebrado, elevadores quebrados, e o pior de tudo, o teto!
O gesso (acho que é gesso) estava com uma parte quebrada e dava para ver o telhado, eu morrendo de medo de um pedaço disso cair na minha cabeça!
Era um pedação quebrado, e um em formato de cruz (quem sabe não estava pedindo ajuda?).
Mais me deu uma pena ver o mais puro abandono! Porque ao invez de tudo aquilo estar assim daquele jeito, poderia sim, ser reformado, e voltasse a ser hospital e atender as pessoas?
Bem, além daquelas partes mais estranhas, tinha umas bonitas também! Um salão (aquele mesmo que a revista veja falou em uma matéria), muitissimo lindo, grandão, e até com umas postas de vidro!
E também eu vi as salas onde nasciam as crianças, acontecia tudo naquele andar, e pensar que quem está escrevendo aqui, nasceu naquela sala! Incrivél!
E as sacadas da janela que dava para ver as outras alas e a Av Paulista no alto! Lindo!
Mais depois de ter visitado tudo, estavamos procurando a escada, sumiu, nos perdemos, e paramos em um lugar escuro, e eu morrendo de medo de fantasmas! Mais achamos e descemos a escada, e a outra também, até que o caseiro estava lá nos esperando!
Saimos, e vimos aquele prédio da maternidade por trás! Lindo! Ele é branco com janelas verdes, pena que nada de foto!
Depois eu falo sobre o prédio amarelo, oque nós iamos mais antigamente!
Até!
Eu estava falando sobre minha primeira visita ao complexo (fui mais uma vez nele, terça feira e foi ótimo)
Quando chegamos lá, falamos que estavamos querendo visitar o prédio por dentro, um segurança ficou surpreso e disse:
-Oque vocêis querem fazer aqui, pois aqui está desativado a muito tempo, vocêis tem autorização da PREVI?
E aí falamos que sim, e dai ele chamou o caseiro! Ele por sinal é um senhor muito simpático, notei logo de cara que ele gosta muito de lá!
E ele disse que iria nos levar primeiramente na Maternidade Condessa Filomena Matarazzo!
Eu estava olhando todo o Complexo por fora, umas partes conservadas, e outras bem deterioradas, principalmente a parte amarela! Dava para ver as Janelas podres, o telhado com uma parte apodrecida! Fiquei até sem ação!
Mais mesmo assim, me lembrou muito quando era pequena.
Quando o caseiro nos levou na Maternidade, no primeiro andar, estava tudo muito conservado, acho que é porque teve a casa cor em 2003, as janelas estavam abertas, as salas, os corredores....tudo muito em bom estado!
O elevador estava quebrado,mais também é bem antigo! Ele nos mostrou até um corredor subterrâneo onde passavam as roupas médicas, os equipamentos médicos e etc. Lá eu vi a praca do primeiro banco de leite de SP que foi lá!
Como disse, ele nos disse que trabalha lá desde 1999, mais conhece tudo, tudo que funcionava no hospital.
Nos disse sobre o descasso das autoridades, que não fazem nada pelo hospital, que está praticamente abandonado!
Nem lembrava que a Maternidade era tão bonita, mais algumas partes "onde ocorreu a casa cor", estão mais mudadas, em um banheiro tinha até uma pia de marmore! Porém o prédio está sujo, muito sujo, parece que ninguém limpa lá!
No segundo andar estava também muito conservado, mais em algumas partes já davam para ver algumas coisas deterioradas!
Algumas paredes estavam com umidade, umas lascaduras na parede, elevador de manivela sem funcionar. Eram muitas salas, muitos corredores, parece até um labirinto, eu fiquei imaginando quantas pessoas poderiam ser atendidas ali!
Aí o caseiro disse que iria nos esperar e agente podia ver os outros dois andares sozinhas. No terceiro, as coisas já não iam muito bem, os corredores e salas enormes, sujas, fiação elétrica a vista, paredes se descascando, umidade mais elevada, algumas janelas quebradas, umas salas totalmente escuras e com muito mofo, e o chão, em algumas partes, quebrado.
O teto, já estava querendo quebrar! Uma cena muito triste, ver como ali está abandonado e a PREVI e o governo? Nada fazem para recuperar este lugar tão bonito!
Fomos no quarto andar! Subimos uma escada bem grande que tinha umas janelas grandes, bonitas....tinha até um monumento, subimos e demos de cara com o mais puro abandono (claro, nada comparado a parte amarela nos outros prédios).
Lá os banheiros estavam quebrados, a parede úmida ao extremo, as fiações em estado precário (fios amontoados), sujo, escuro, salas com úmidade,chão quebrado, elevadores quebrados, e o pior de tudo, o teto!
O gesso (acho que é gesso) estava com uma parte quebrada e dava para ver o telhado, eu morrendo de medo de um pedaço disso cair na minha cabeça!
Era um pedação quebrado, e um em formato de cruz (quem sabe não estava pedindo ajuda?).
Mais me deu uma pena ver o mais puro abandono! Porque ao invez de tudo aquilo estar assim daquele jeito, poderia sim, ser reformado, e voltasse a ser hospital e atender as pessoas?
Bem, além daquelas partes mais estranhas, tinha umas bonitas também! Um salão (aquele mesmo que a revista veja falou em uma matéria), muitissimo lindo, grandão, e até com umas postas de vidro!
E também eu vi as salas onde nasciam as crianças, acontecia tudo naquele andar, e pensar que quem está escrevendo aqui, nasceu naquela sala! Incrivél!
E as sacadas da janela que dava para ver as outras alas e a Av Paulista no alto! Lindo!
Mais depois de ter visitado tudo, estavamos procurando a escada, sumiu, nos perdemos, e paramos em um lugar escuro, e eu morrendo de medo de fantasmas! Mais achamos e descemos a escada, e a outra também, até que o caseiro estava lá nos esperando!
Saimos, e vimos aquele prédio da maternidade por trás! Lindo! Ele é branco com janelas verdes, pena que nada de foto!
Depois eu falo sobre o prédio amarelo, oque nós iamos mais antigamente!
Até!
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
ida ao antigo complexo parte 1
Olá pessoal voltei, mais uma vez.....
Eu tinha falado na postagem anterior, sobre minha ida ao complexo, então vou falar!
Eu primeiramente não fui sozinha, minha irmã foi comigo, pois ela também tem uma forte ligação com aquele hospital.
Bem, foi no dia 22 de Julho, uma Terça Feira de muito Sol, na verdade não tinha idéia nenhuma de como seria lá, então não levei camera (pois mesmo que tivesse levado, não é permitido).
Fomos pegar o busão pça da Bandeira umas 8 da manhã, bem, minha irmã parecia estar calma, mais eu não.
Estava com um pouco de medo dos seguranças e dos caseiros pegarem no nosso pé, pois havia lido em uma matéria de uma revista, que eles só deixavam ver a construção por fora, mais como tinhamos a autorização da PREVI, eles não podiam fazer nada.
Depois de uma hora e meia de percurso (Butantã onde moramos é longe), chegamos e descemos depois do tunél da 9 de Julho, fomos pelo caminho que lembravamos, subimos a rua Picarolo e começamos a perguntar, onde fica o antigo hospital Matarazzo? Um cara deu informação errada, mais sabiamos que a dica que ele deu estava errada, e perguntamos para outro cara, este deu informação perfeita. Fomos e chegamos na Rua Itapeva, lá atrás tinha a parte de trás do banco real, é aquele mesmo que fica na Av Paulista, ali atrás é a Av Paulista, mais quando eramos pequenas aquele banco não era o banco real e sim o antigo banco Bamerindos (que faliu).
Sabiamos que o hospital era logo ali, mais não lembravamos da entrada, e perguntamos para um taxista muito mau educado por sinal, e ele falou:
-Oque vocêis querem fazer lá, o hospital não existe mais, faz 15 anos que fechou, mais também o mesmo sujeito ignorante falou:
- Fica ali na Alameda Rio Claro.
Exatamente, lembramos do caminho, a praça está lá ainda, mais aquelas cerquinhas verdes que ficavam no caminho do hospital, não existe mais.
Atrás do muro avistamos o antigo Complexo, mesmo de longe, todo deteriorado, mais mesmo assim, lembra antigamente, continua com aquelas cores berantes, amarelo e as janelas verdes, a medida que aproximavamos da entrada, eu ficava sem ação, e quando chegamos lá, descobrimos que ali virou um estacionamento.
Depois eu continuo falando sobre a a vizita!
Kisses my friends!
Eu tinha falado na postagem anterior, sobre minha ida ao complexo, então vou falar!
Eu primeiramente não fui sozinha, minha irmã foi comigo, pois ela também tem uma forte ligação com aquele hospital.
Bem, foi no dia 22 de Julho, uma Terça Feira de muito Sol, na verdade não tinha idéia nenhuma de como seria lá, então não levei camera (pois mesmo que tivesse levado, não é permitido).
Fomos pegar o busão pça da Bandeira umas 8 da manhã, bem, minha irmã parecia estar calma, mais eu não.
Estava com um pouco de medo dos seguranças e dos caseiros pegarem no nosso pé, pois havia lido em uma matéria de uma revista, que eles só deixavam ver a construção por fora, mais como tinhamos a autorização da PREVI, eles não podiam fazer nada.
Depois de uma hora e meia de percurso (Butantã onde moramos é longe), chegamos e descemos depois do tunél da 9 de Julho, fomos pelo caminho que lembravamos, subimos a rua Picarolo e começamos a perguntar, onde fica o antigo hospital Matarazzo? Um cara deu informação errada, mais sabiamos que a dica que ele deu estava errada, e perguntamos para outro cara, este deu informação perfeita. Fomos e chegamos na Rua Itapeva, lá atrás tinha a parte de trás do banco real, é aquele mesmo que fica na Av Paulista, ali atrás é a Av Paulista, mais quando eramos pequenas aquele banco não era o banco real e sim o antigo banco Bamerindos (que faliu).
Sabiamos que o hospital era logo ali, mais não lembravamos da entrada, e perguntamos para um taxista muito mau educado por sinal, e ele falou:
-Oque vocêis querem fazer lá, o hospital não existe mais, faz 15 anos que fechou, mais também o mesmo sujeito ignorante falou:
- Fica ali na Alameda Rio Claro.
Exatamente, lembramos do caminho, a praça está lá ainda, mais aquelas cerquinhas verdes que ficavam no caminho do hospital, não existe mais.
Atrás do muro avistamos o antigo Complexo, mesmo de longe, todo deteriorado, mais mesmo assim, lembra antigamente, continua com aquelas cores berantes, amarelo e as janelas verdes, a medida que aproximavamos da entrada, eu ficava sem ação, e quando chegamos lá, descobrimos que ali virou um estacionamento.
Depois eu continuo falando sobre a a vizita!
Kisses my friends!
terça-feira, 2 de setembro de 2008
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
voltando no tempo...e o presente
Olá pessoal, voltei!!!!!!!
Em outro post falei um pouco sobre a minha história no hospital matarazzo, e a história do hospital, vamos para o presente agora!
Desde 1993 quando o hospital fechou, repeti de ano na escola (que ano ruim foi 1993, né) e nem procurei saber mais sobre o hospital Matarazzo, simplesmente não me interessava em saber nada sobre o hospital, não gostava muito de lembrar de uma época que eu era muito doente, mas as coisas com o passar dos anos começaram a mudar.
Continuei estudando, e depois quando terminei o ensino médio, fiz alguns cursos, empregos e etc, e começei a fazer planos para viajar para a Holanda.
Em maio de 2008, eu estava prestes a viajar, mas minha vontade de viajar não estava mais como antes, algo dizia que eu não podia viajar, e teria uma missão a ser feita aqui.
Nessa mesma época, minha irmã e mãe voltaram a ir para as localidades próximas ao antigo Hospital. Fazia muitos anos que ambas não passavam por ali.
Depois elas vieram e me falaram que se lembraram muito de antigamente, e que eu deveria ir também.
Um dia nossa amiga chamada Luciana, que é amiga de longa data, lembrou de quando eramos pequenas, nos anos 80, que ela também era paciente do Hospital Matarazzo, que ela tomava injeções lá. Ficamos lembrando daqueles bons tempos, e me deu a curiosidade de passar em frente ao Hospital! Mas não sabia se o complexo ainda existia!
Quando fui pegar o ônibus pça da Bandeira depois de 18 anos sem pegar ele, eu relembrei daqueles tempos, de quando eu passava mau naqueles caminhos, do tunél 9 de Julho, quando a minha mãe me colocava no colo dela para eu parar de chorar, enjoada. E quando nós iamos embora do hospital, ela me comprava doces, ou iamos tomar um lanche no bar em que meu tio trabalhava, e depois quando iamos esperar o Ônibus, eu olhava aquelas esculturas brancas que tinha nos lados do tunél.
Fiquei mais curiosa, oque aconteceu com o Hospital Matarazzo? Aí que veio a idéia de pesquisar aqui na net, só sabia que lá teve a casa cor em 2003, achava que tinham transformado lá em um complexo de exposições permanentes, ou que tinham demolido o prédio e construido outro!
Mais descobri que o prédio está de pé ainda, que foi tombado pelo Condephaat (Conselho de defesa do patrimônio arqueolôgico, artistico e turistico) mais que os seus atuais donos, a PREVI queriam demolir o complexo para construir flats, shopping center, e um pequeno hospital particular (sem internações), mais que eles não conseguiram porcausa que os moradores da Bela Vista entraram com uma ação em 1999 impedindo isso!
Nossa, graças que a ação civil (dos Moradores) saiu vitoriosa, mais a PREVI entrou com um recurso, e aguarda a decisão judicial. (depois eu falo mais sobre isso)
Misteriosamente encontrei os cartões (de agendamento do hospital) intactos, não sabia que a minha mãe tinha isso, e nem sabia que tinha ido tanto lá! Encontrei também declaração de nascimento (que tinha o dia que a minha mãe foi internada lá, e o dia que saimos de lá).
Saudade? muitas, foi aí que começei a pesquisar se eu poderia ir lá resgatar um pouco da minha história, pois lá era o lugar que mais ia depois de minha casa.
Não deu certo a viagem, estranho né!
Começei a pesquisar em tudo, aí me deu na veneta de mandar um e-mail para a PREVI, já que eles são donos e poderiam saber algo!
Eu mandei, meia sem esperanças de obter respostas, mais eles me responderam, e disseram que eu poderia sim, vizitar o complexo, e que era para eu ligar para o caseiro agendando o dia e hora.
Tudo certo, eu e minha irmã marcadas, e eu sem expectativa nenhuma de como seria lá, sabia que o prédio está em ruinas, mais queria ver com meus próprios olhos.
Estava meia com medo de quando ir, os seguranças pegassem no pé, pois a maioria dos segurançasde muitos lugares são chatos, mais a expectativa é se eu iria me aguentar para não chorar lá, eu sei que sou uma ICE GIRL, mais....
Depois eu falo como foi lá! Isso já tem mais de um mês.....
Em outro post falei um pouco sobre a minha história no hospital matarazzo, e a história do hospital, vamos para o presente agora!
Desde 1993 quando o hospital fechou, repeti de ano na escola (que ano ruim foi 1993, né) e nem procurei saber mais sobre o hospital Matarazzo, simplesmente não me interessava em saber nada sobre o hospital, não gostava muito de lembrar de uma época que eu era muito doente, mas as coisas com o passar dos anos começaram a mudar.
Continuei estudando, e depois quando terminei o ensino médio, fiz alguns cursos, empregos e etc, e começei a fazer planos para viajar para a Holanda.
Em maio de 2008, eu estava prestes a viajar, mas minha vontade de viajar não estava mais como antes, algo dizia que eu não podia viajar, e teria uma missão a ser feita aqui.
Nessa mesma época, minha irmã e mãe voltaram a ir para as localidades próximas ao antigo Hospital. Fazia muitos anos que ambas não passavam por ali.
Depois elas vieram e me falaram que se lembraram muito de antigamente, e que eu deveria ir também.
Um dia nossa amiga chamada Luciana, que é amiga de longa data, lembrou de quando eramos pequenas, nos anos 80, que ela também era paciente do Hospital Matarazzo, que ela tomava injeções lá. Ficamos lembrando daqueles bons tempos, e me deu a curiosidade de passar em frente ao Hospital! Mas não sabia se o complexo ainda existia!
Quando fui pegar o ônibus pça da Bandeira depois de 18 anos sem pegar ele, eu relembrei daqueles tempos, de quando eu passava mau naqueles caminhos, do tunél 9 de Julho, quando a minha mãe me colocava no colo dela para eu parar de chorar, enjoada. E quando nós iamos embora do hospital, ela me comprava doces, ou iamos tomar um lanche no bar em que meu tio trabalhava, e depois quando iamos esperar o Ônibus, eu olhava aquelas esculturas brancas que tinha nos lados do tunél.
Fiquei mais curiosa, oque aconteceu com o Hospital Matarazzo? Aí que veio a idéia de pesquisar aqui na net, só sabia que lá teve a casa cor em 2003, achava que tinham transformado lá em um complexo de exposições permanentes, ou que tinham demolido o prédio e construido outro!
Mais descobri que o prédio está de pé ainda, que foi tombado pelo Condephaat (Conselho de defesa do patrimônio arqueolôgico, artistico e turistico) mais que os seus atuais donos, a PREVI queriam demolir o complexo para construir flats, shopping center, e um pequeno hospital particular (sem internações), mais que eles não conseguiram porcausa que os moradores da Bela Vista entraram com uma ação em 1999 impedindo isso!
Nossa, graças que a ação civil (dos Moradores) saiu vitoriosa, mais a PREVI entrou com um recurso, e aguarda a decisão judicial. (depois eu falo mais sobre isso)
Misteriosamente encontrei os cartões (de agendamento do hospital) intactos, não sabia que a minha mãe tinha isso, e nem sabia que tinha ido tanto lá! Encontrei também declaração de nascimento (que tinha o dia que a minha mãe foi internada lá, e o dia que saimos de lá).
Saudade? muitas, foi aí que começei a pesquisar se eu poderia ir lá resgatar um pouco da minha história, pois lá era o lugar que mais ia depois de minha casa.
Não deu certo a viagem, estranho né!
Começei a pesquisar em tudo, aí me deu na veneta de mandar um e-mail para a PREVI, já que eles são donos e poderiam saber algo!
Eu mandei, meia sem esperanças de obter respostas, mais eles me responderam, e disseram que eu poderia sim, vizitar o complexo, e que era para eu ligar para o caseiro agendando o dia e hora.
Tudo certo, eu e minha irmã marcadas, e eu sem expectativa nenhuma de como seria lá, sabia que o prédio está em ruinas, mais queria ver com meus próprios olhos.
Estava meia com medo de quando ir, os seguranças pegassem no pé, pois a maioria dos segurançasde muitos lugares são chatos, mais a expectativa é se eu iria me aguentar para não chorar lá, eu sei que sou uma ICE GIRL, mais....
Depois eu falo como foi lá! Isso já tem mais de um mês.....
domingo, 31 de agosto de 2008
Sobre a História do Hospital
Entre os imigrantes que chegaram ao Brasil no final do século XIX, a maioria era de origem italiana. Buscando melhores condições de vida, boa parte deles se fixou no Estado de São Paulo e alguns fizeram fortuna. Famílias como as dos Pignatari, Gamba, Falchi e Matarazzo, por exemplo, em pouco tempo já se destacavam no cenário dos “imigrantes que deram certo”. Colônia unida, logo criaram associações para ajudar os menos favorecidos. Foi assim que surgiu a Societá Italiana de Beneficenza in San Paolo, cujo objetivo era construir um hospital por meio de doações dos mais abastados. Muitos contribuíram, mas foi o Conde Francisco Matarazzo quem mais se engajou na iniciativa. A pedra fundamental do primeiro prédio deste atual complexo hospitalar, construído em 1904, foi doada por ele. Onze anos depois, o Conde custeou a obra e os equipamentos médicos de uma nova ala.
Assim surgiu a Casa de Saúde Francisco Matarazzo, que tinha como slogan “A saúde dos ricos para os pobres”. Em 1925, ele financiou outra construção no terreno, a Casa de Saúde Ermelindo Matarazzo. A idéia de construir a Maternidade,
foi de sua mulher, a condessa Filomena Matarazzo. Já a capela, hoje Igreja de Santa Lúcia, surgiu da iniciativa de sua cunhada, D. Virginia Matarazzo, que queria homenagear a santa padroeira da família. Durante muito tempo, o complexo hospitalar chamou-se Ospedale Umberto I e sua administração era escolhida por uma assembléia e pelo Cônsul Geral da Itália. Em 1941, passou a denominar-se Beneficência em São Paulo Hospital Nossa Senhora Aparecida e Casas de Saúde Matarazzo, sob a direção da Fundação Ítalo-Brasileira Umberto I.
Em 1970, o hospital firmou convênio com o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) e por mais de dez anos foi considerado um excelente espaço de formação de profissionais. A maternidade, por exemplo, era vista como a melhor da América do Sul. Entre seus funcionários, estava a parteira oficial dos Matarazzo que, a partir de então, passou a fazer ali os partos de todos os netos e sobrinhos do Conde Francisco.
Foi neste hospital também onde se montou o primeiro banco de sangue do Estado de São Paulo. Mas por falta de recursos, uma vez que sempre dependeu de doações e das contingências político-econômicas para sobreviver, o complexo hospitalar foi vendido em 1996 para seus atuais proprietários: a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI.
Atualmente o terreno serve de estacionamento.
No antigo complexo aconteceram dois eventos: Casa Cor em 2003, e casa dos criadores em 2005.
ARQUITETURA DO HOSPITAL MATARAZZO
uando em 1878 a Societá Italiana de Beneficenza in San Paolo adquiriu o terreno que hoje compreende as atuais ruas São Carlos do Pinhal e Itapeva e a alameda Rio Claro, sua pretensão era construir um hospital para os imigrantes italianos que viviam nesta cidade. Entretanto, devido à escassez de recursos, só em 1895 é que a entidade começa a levar adiante a idéia. Os arquitetos Luigi Pucci e Giulio Mecheli vieram da Itália e idealizaram um prédio com capacidade para 250 leitos. De padrão neoclássico, possuía dois andares, divididos em duas alas e um anexo para doentes que podiam pagar. Mais uma vez, a falta de dinheiro impossibilitou a obra.
Foi só em 1904, graças às doações de ricas famílias imigrantes, como os Matarazzo, que finalmente o sonho tornou-se realidade. O projeto inicial, assinado por Giulio Micheli, não previa a expansão do hospital. Por isso, foi construído na parte central do terreno de 27.419 m2 o edifício que hoje é conhecido como Pavilhão Administrativo. De estilo Florentino, constitui-se de duas alas para cem leitos e sala médica. Cozinha e lavanderia foram feitas posteriormente. Em 1915, o Conde Francisco Matarazzo encomendou ao arquiteto italiano G.B. Bianchi, também responsável por seu palacete na Avenida Paulista, a construção da Casa de Saúde que leva o seu nome. Esta, assim como a capela (de 1922) e a Casa de Saúde Ermelindo Matarazzo (de 1929), seguem os mesmos princípios florentinos do primeiro prédio.
Sempre em expansão, o hospital ganhou novas alas, porém de arquitetura pouco expressiva. Entre elas a Clínica Pediátrica Amélia de Camilis (em 1935) e o Pavilhão Vitório Emanuele III (em 1937). foi erguido em 1943. Por iniciativa de sua mulher, a condessa Filomena Matarazzo, o Conde Francisco encomendou ao arquiteto Francisco Verrone, depois substituído pelo arquiteto Mário Calore, a construção da maternidade.
Batizado com o nome de sua esposa, o edifício tem a arquitetura típica italiana da década de 30. Com proporções e simetrias neoclássicas, destaca-se a sobriedade, a imponência e a contenção dos detalhes.
Pela conservação da estrutura física dos prédios e pela importância em relação à vida pública e social da cidade de São Paulo, todo o complexo hospitalar, que compreende 9.870 m2 de área construída, encontra-se tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico).
Assim surgiu a Casa de Saúde Francisco Matarazzo, que tinha como slogan “A saúde dos ricos para os pobres”. Em 1925, ele financiou outra construção no terreno, a Casa de Saúde Ermelindo Matarazzo. A idéia de construir a Maternidade,
foi de sua mulher, a condessa Filomena Matarazzo. Já a capela, hoje Igreja de Santa Lúcia, surgiu da iniciativa de sua cunhada, D. Virginia Matarazzo, que queria homenagear a santa padroeira da família. Durante muito tempo, o complexo hospitalar chamou-se Ospedale Umberto I e sua administração era escolhida por uma assembléia e pelo Cônsul Geral da Itália. Em 1941, passou a denominar-se Beneficência em São Paulo Hospital Nossa Senhora Aparecida e Casas de Saúde Matarazzo, sob a direção da Fundação Ítalo-Brasileira Umberto I.
Em 1970, o hospital firmou convênio com o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) e por mais de dez anos foi considerado um excelente espaço de formação de profissionais. A maternidade, por exemplo, era vista como a melhor da América do Sul. Entre seus funcionários, estava a parteira oficial dos Matarazzo que, a partir de então, passou a fazer ali os partos de todos os netos e sobrinhos do Conde Francisco.
Foi neste hospital também onde se montou o primeiro banco de sangue do Estado de São Paulo. Mas por falta de recursos, uma vez que sempre dependeu de doações e das contingências político-econômicas para sobreviver, o complexo hospitalar foi vendido em 1996 para seus atuais proprietários: a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – PREVI.
Atualmente o terreno serve de estacionamento.
No antigo complexo aconteceram dois eventos: Casa Cor em 2003, e casa dos criadores em 2005.
ARQUITETURA DO HOSPITAL MATARAZZO
uando em 1878 a Societá Italiana de Beneficenza in San Paolo adquiriu o terreno que hoje compreende as atuais ruas São Carlos do Pinhal e Itapeva e a alameda Rio Claro, sua pretensão era construir um hospital para os imigrantes italianos que viviam nesta cidade. Entretanto, devido à escassez de recursos, só em 1895 é que a entidade começa a levar adiante a idéia. Os arquitetos Luigi Pucci e Giulio Mecheli vieram da Itália e idealizaram um prédio com capacidade para 250 leitos. De padrão neoclássico, possuía dois andares, divididos em duas alas e um anexo para doentes que podiam pagar. Mais uma vez, a falta de dinheiro impossibilitou a obra.
Foi só em 1904, graças às doações de ricas famílias imigrantes, como os Matarazzo, que finalmente o sonho tornou-se realidade. O projeto inicial, assinado por Giulio Micheli, não previa a expansão do hospital. Por isso, foi construído na parte central do terreno de 27.419 m2 o edifício que hoje é conhecido como Pavilhão Administrativo. De estilo Florentino, constitui-se de duas alas para cem leitos e sala médica. Cozinha e lavanderia foram feitas posteriormente. Em 1915, o Conde Francisco Matarazzo encomendou ao arquiteto italiano G.B. Bianchi, também responsável por seu palacete na Avenida Paulista, a construção da Casa de Saúde que leva o seu nome. Esta, assim como a capela (de 1922) e a Casa de Saúde Ermelindo Matarazzo (de 1929), seguem os mesmos princípios florentinos do primeiro prédio.
Sempre em expansão, o hospital ganhou novas alas, porém de arquitetura pouco expressiva. Entre elas a Clínica Pediátrica Amélia de Camilis (em 1935) e o Pavilhão Vitório Emanuele III (em 1937). foi erguido em 1943. Por iniciativa de sua mulher, a condessa Filomena Matarazzo, o Conde Francisco encomendou ao arquiteto Francisco Verrone, depois substituído pelo arquiteto Mário Calore, a construção da maternidade.
Batizado com o nome de sua esposa, o edifício tem a arquitetura típica italiana da década de 30. Com proporções e simetrias neoclássicas, destaca-se a sobriedade, a imponência e a contenção dos detalhes.
Pela conservação da estrutura física dos prédios e pela importância em relação à vida pública e social da cidade de São Paulo, todo o complexo hospitalar, que compreende 9.870 m2 de área construída, encontra-se tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico).
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Uma foto da Maternidade e outra de um dos prédios do complexo amarelo
Hospital Matarazzo...Inicio!!!!! Porque o hospital me marcou tanto?
Olá pessoal, vou me apresentar.
Meu nome é Luana, tenho 24 anos e sou de São Paulo.
Minha história no hospital Matarazzo é antiga, não era funcionária, nem médica, mais sim eu era uma paciente.
Nasci na Maternidade Condessa Filomena Matarazzo no dia 25 de Junho de 1984, e desde ali começei a frequentar o Hospital com a minha mãe e irmã!
Nós iamos lá, com muita freqüência, pois naquela época minha irmã e eu eramos muito doentes, sofriamos, principalmente de problemas respiratórios como Bronquite e Pnêumonia.
Minha mãe sempre ia me levar quase todos os dias ao hospital, sempre depois de passar muito mau durante a noite, sempre com muita febre. Podia ser em qualquer dia da semana, Domingos, feriados, como em um Natal de 1986! Enfim...a coisa era feia.......
Sempre iamos pegar o ônibus " praça da Bandeira" em cedo, e deciamos do busão, depois do tunél 9 de Julho, e subiamos a rua até chegar na Alameda Rio Claro!
Meu pai trabalhava nesta região (na Av Paulista, próximo ao hospital) durante muito tempo, e também já morou no bairro (da Bela Vista).
Na época, não me lembro se tinha o muro que tem agora, e o prédio era mais novo...mesmo que com os anos foi se deteriorando.
As cores eram bem berantes; amarelo, com as Janelas verdes, porém era um complexo de origem Italiana era muito bonito, clássico e enorme! Eram muitas pessoas que eram atendidas ali. A fila era grande...
Lá dentro também era bonito, mais como eu era muito pequena naquele tempo, não gostava muito das filas e das demoras! Iamos de um lugar para o outro, passavamos na consulta e depois iamos tirar raio X, que eu odiava, tinhamos que pegar aquele elevador de Manivela (escuro que fazia um barulhão) e iamos para aquela parte escura do hospital! Depois disso, iamos novamente passar na consulta, para depois tomar as famosas injeções! Essas faziam parte de nossas vidas, (eu já cheguei a tomar injeções todos os dias, de manhã e de tarde), e também as inalações, tomar remédios e etc! Me lembro que os médicos e as enfermeiras eram muito legais (claro, tirando na hora das agulhadas que eu chorava para não tomar). Gostava de ficar reparando no prédio, olhava as Janelas, os elevadores, as alas, as pessoas (mesmo aquelas em estado terminal), a Maternidade, os jardins que separavam uma ala da outra e até nos banheiros.
Achava o lugar muito lindo!
Eu lembro do busto do Conde Francisco Matarazzo, de uns retratos das enfermeiras pedindo silêncio, de um quadro de uns escravos.... e os bancos, as cadeiras!
Bem, tudo isso era uma rotina diária!!!!!! E foi assim por muito tempo.
Uma coisa que era comum é que sempre estavamos com febre. Uma vez eles me deram um banho com água gelada, para ver se a febre abaixava!
Álem do Matarazzo, passamos em muitos outros hospitais, mais o Matarazzo era sem dúvida, o mais que frequentavamos.
Infelizmente, no Hospital Matarazzo, presenciamos a morte da nossa tia, Iorides, que estava sofrendo de Hepatite B, e infelizmente, nada os médicos puderam fazer para salvá-lá!!!!! Ela foi descobrir a doença, tarde demais. Isso foi em 1988.
As vezes mesmo sendo criança, me impressionava com o estado de algumas pessoas na parte do pronto socorro.
Muitas sem orelha...sem mão........
Também passavamos em consultas normais, desde aquela época eu era (e sou bem magra), e passava em um especialista, além de passar no pediátra, no dermatologista e afins.
Com o passar dos anos, em 1990! Infelizmente parecia que o hospital estava entrando em crise, além disso, o complexo parecia estar precisando de umas reformas, mais não fisseram nada.
Mesmo assim em 1990 fomos muitas vezes lá.
A ultima vez que estive lá (com a minha mãe) foi em 1992, o hospital parecia que estava com seus dias contados, era muio triste ver aquele lugar tão bonito que salváva tantas pessoas, entrando em crise.
Em 1993, depois que voltamos de uma viagem, e eu estava estudando (na verdade estavamos em greve), fiquei sabendo pelos jornais da TV que o hospital Matarazzo, ou Umberto Primo havia sido interditado pela vigilância sanitária, e por estar com dividas altissimas, má administração, ou seria a especulação imobiliária? Que tinha intenções de demolir o complexo hospitalar para construção de um shopping, flat e salas comerciais? (Depois eu falarei melhor sobre isto).
De fato isso prejudicou muito os paulistanos que perderam um grandioso, o mais belo hospital de São Paulo, e graças ao descaso do governo, deixaram o hospital fechar.
Depois disso continuei estudando, e graças a este hospital que deixaram fechar, eu já não estava com nenhum problema de saúde, estava curadissima. E assim foi passando o tempo.
E eu falo depois, oque me motivou a querer reabrir o hospital?
Já falei todos os motivos...mais a História continua....
Meu nome é Luana, tenho 24 anos e sou de São Paulo.
Minha história no hospital Matarazzo é antiga, não era funcionária, nem médica, mais sim eu era uma paciente.
Nasci na Maternidade Condessa Filomena Matarazzo no dia 25 de Junho de 1984, e desde ali começei a frequentar o Hospital com a minha mãe e irmã!
Nós iamos lá, com muita freqüência, pois naquela época minha irmã e eu eramos muito doentes, sofriamos, principalmente de problemas respiratórios como Bronquite e Pnêumonia.
Minha mãe sempre ia me levar quase todos os dias ao hospital, sempre depois de passar muito mau durante a noite, sempre com muita febre. Podia ser em qualquer dia da semana, Domingos, feriados, como em um Natal de 1986! Enfim...a coisa era feia.......
Sempre iamos pegar o ônibus " praça da Bandeira" em cedo, e deciamos do busão, depois do tunél 9 de Julho, e subiamos a rua até chegar na Alameda Rio Claro!
Meu pai trabalhava nesta região (na Av Paulista, próximo ao hospital) durante muito tempo, e também já morou no bairro (da Bela Vista).
Na época, não me lembro se tinha o muro que tem agora, e o prédio era mais novo...mesmo que com os anos foi se deteriorando.
As cores eram bem berantes; amarelo, com as Janelas verdes, porém era um complexo de origem Italiana era muito bonito, clássico e enorme! Eram muitas pessoas que eram atendidas ali. A fila era grande...
Lá dentro também era bonito, mais como eu era muito pequena naquele tempo, não gostava muito das filas e das demoras! Iamos de um lugar para o outro, passavamos na consulta e depois iamos tirar raio X, que eu odiava, tinhamos que pegar aquele elevador de Manivela (escuro que fazia um barulhão) e iamos para aquela parte escura do hospital! Depois disso, iamos novamente passar na consulta, para depois tomar as famosas injeções! Essas faziam parte de nossas vidas, (eu já cheguei a tomar injeções todos os dias, de manhã e de tarde), e também as inalações, tomar remédios e etc! Me lembro que os médicos e as enfermeiras eram muito legais (claro, tirando na hora das agulhadas que eu chorava para não tomar). Gostava de ficar reparando no prédio, olhava as Janelas, os elevadores, as alas, as pessoas (mesmo aquelas em estado terminal), a Maternidade, os jardins que separavam uma ala da outra e até nos banheiros.
Achava o lugar muito lindo!
Eu lembro do busto do Conde Francisco Matarazzo, de uns retratos das enfermeiras pedindo silêncio, de um quadro de uns escravos.... e os bancos, as cadeiras!
Bem, tudo isso era uma rotina diária!!!!!! E foi assim por muito tempo.
Uma coisa que era comum é que sempre estavamos com febre. Uma vez eles me deram um banho com água gelada, para ver se a febre abaixava!
Álem do Matarazzo, passamos em muitos outros hospitais, mais o Matarazzo era sem dúvida, o mais que frequentavamos.
Infelizmente, no Hospital Matarazzo, presenciamos a morte da nossa tia, Iorides, que estava sofrendo de Hepatite B, e infelizmente, nada os médicos puderam fazer para salvá-lá!!!!! Ela foi descobrir a doença, tarde demais. Isso foi em 1988.
As vezes mesmo sendo criança, me impressionava com o estado de algumas pessoas na parte do pronto socorro.
Muitas sem orelha...sem mão........
Também passavamos em consultas normais, desde aquela época eu era (e sou bem magra), e passava em um especialista, além de passar no pediátra, no dermatologista e afins.
Com o passar dos anos, em 1990! Infelizmente parecia que o hospital estava entrando em crise, além disso, o complexo parecia estar precisando de umas reformas, mais não fisseram nada.
Mesmo assim em 1990 fomos muitas vezes lá.
A ultima vez que estive lá (com a minha mãe) foi em 1992, o hospital parecia que estava com seus dias contados, era muio triste ver aquele lugar tão bonito que salváva tantas pessoas, entrando em crise.
Em 1993, depois que voltamos de uma viagem, e eu estava estudando (na verdade estavamos em greve), fiquei sabendo pelos jornais da TV que o hospital Matarazzo, ou Umberto Primo havia sido interditado pela vigilância sanitária, e por estar com dividas altissimas, má administração, ou seria a especulação imobiliária? Que tinha intenções de demolir o complexo hospitalar para construção de um shopping, flat e salas comerciais? (Depois eu falarei melhor sobre isto).
De fato isso prejudicou muito os paulistanos que perderam um grandioso, o mais belo hospital de São Paulo, e graças ao descaso do governo, deixaram o hospital fechar.
Depois disso continuei estudando, e graças a este hospital que deixaram fechar, eu já não estava com nenhum problema de saúde, estava curadissima. E assim foi passando o tempo.
E eu falo depois, oque me motivou a querer reabrir o hospital?
Já falei todos os motivos...mais a História continua....
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