quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Nostro Ospedale!


Olá pessoal!
Bem hoje vou falar sobre o desejo da colônia Italiana em voltar a ter um Hospital.
(foto acima de Francesco Matarazzo com seu filho Chiquinho na inalguração da casa de saúde Ermelino Matarazzo).

Sabemos que a ideia de contruir um Hospital partiu da Societa Beneficente in San Paolo em 1878, que queria construir um Hospital para servir a colônia Italiana de São Paulo. Depois de muitas tentativas fracassadas, finalmente encontraram um terreno próximo a Avenida Paulista, e finalmente no dia 14 de Agosto de 1904 ,com a presença das autoridades locais, eram inaugurados os 2 pavilhões centrais do Hospital Matarazzo - com capacidade para 50 leitos, salas de operações, cozinhas e diversas outras dependências. Muitos contribuiram para a construção do hospital, mas foi o Conde Francesco Matarazzo quem mais se engajou na iniciativa - doando o dinheiro para a construção do primeiro prédio e depois custeando a obra e os equipamentos médicos de uma nova ala.
Em 1905 o hospital começou a receber doentes sem distinção da nacionalidade, raça, cor ou religião.
Em seu primeiro ano de atividade, quando a capital paulista contava com apenas 273 mil habitantes, o Hospital Matarazzo internou 710 doentes, dos quais 85 eram pensionistas e 626 eram indigentes. O movimento no ambulatório atingiu naquele ano 6956 consultas.
Em 1909 era instalado um aparelho de raios x e em 1915 - o então comendador Francisco Matarazzo tomava para si o encargo da construção e do aparelhamento da primeira casa de saúde a integrar o Conjunto Hospitalar - doando-a à sociedade. E foi em 1917, na cerimônia de sua inauguração que Francesco Matarazzo, depois de explicar como a renda se destinaria a beneficiar os doentes pobres internados nas enfermarias, concluiu sua oração com a frase que até hoje norteia as atividades do hospital :

" Para que o preço da saúde dos ricos reverta em benefício da saúde dos pobres "

Naquele ano, graças aos patrocínios para quermesses e festas beneficentes, foram aumentados os leitos nas enfermarias e abertos ao público novos ambulatórios. Os governos italiano e do estado de São Paulo mantinham contribuições fixas.
Em 1920 foram doados ao hospital uma cozinha a vapor e um gabinete de fisioterapia. Em 1922 Dona Virgínia Matarazzo mandou construir a Capela de Santa Luzia, enquanto o Conde Francisco Matarazzo ampliava as acomodações do gabinete de raio x. Também foi fundado no hospital a " Ars Medica " - associação para o estudo da diciplina médica, criando uma das mais importantes bibliotecas médicas da Capital.
Em memória de seu filho Ermelino, tragicamente falecido em jovem idade, o conde Francisco Matarazzo construiu a Casa de Saúde Ermelino Matarazzo, que seria inaugurada pelo presidente do estado de São Paulo, em 7 de junho de 1925.
Mais tarde, em 1943, foi inaugurada a Maternidade Condessa Filomena Matarazzo ( nome em homenagem à esposa de Francesco ) e nela foi aberta uma enfermaria de ginecologia. Aliás, a Maternidade Condessa foi considerada a melhor da América do Sul !!!
Ampliavam-se as enfermarias do Hospital e renovavam-se instrumentos e aparelhos. Novas seções especializadas eram instaladas, ampliados os ambulatórios, adquiridos aparelhos. Os primeiros estudantes da Faculdade de Medicina estagiaram em seus ambulatórios e salas cirúrgicas. E em 1953 foi criado por Mariângela Matarazzo - o Instituto de Neurologia.

Com o passar dos anos, a Societa Beneficente in San Paolo, foi deixando de receber doações (para manter o Hospital) e a familia Matarazzo (principais contribuintes) foi entrando em decadência!
O Hospital foi vitima de fraudes (INAPMS), foi se endividando, até entrar em crise, o que ocasionou sua desativação em 1993!

Com isso a colônia Italiana passou a não possuir um Hospital para a representar!

Visto que muitas colônias como a Portuguesa, a Alemã, a Júdia, a Sírio Libaneza ... possuem um Hospital para os representar!
Tudo bem que muitos desses Hospitais são particulares, mas possuem um excelente atendimento!
É uma vergonha a colônia Italiana não possuir um Hospital para a representar, visto que é a maior colônia de imigrantes de São Paulo.
Realmente eles não deveriam ter permitido que o Hospital fechasse, deveriam ter feito algo para salvá-lo, mas como isso não ocorreu, deveriam sim fazer alguma coisa agora, nunca é tarde para consertar os erros!

Fiquei sabendo que muitos Italianos se incomodam pelo fato de São Paulo não ter um Hospital para os representar, inclusive muitos empresários ... Então por quê não compram o Hospital da Previ?

Sei que há um tempo atrás já tentaram fazer isso , mas a Previ na época não tinha aceitado a proposta, daí eles ficaram sem fazer nada!

Mas, se muitas empresas se unissem em prol disso, e mandassem uma proposta para a Previ (oferecer muito dinheiro), o Hospital poderia sim ser salvo, e voltar a ser um tradicional Hospital Italiano de São Paulo, como era antes.

Mesmo que se fosse construir outro, não teria a mesma graça, visto que o Hospital Matarazzo (Umberto I) é um Hospital construído por imigrantes Italianos do início do século, e o Hospital foi feito com muito trabalho, e foi crescendo, se espandindo com a união de toda a colônia! O terreno é enorme e fica em um "bairro Italiano, a Bela Vista" , e tem uma História muito bela e não pode ser esquecida com o passar do tempo, e sim tem que continuar!

Fora que a sua arquitetura é um caso a parte, neoclássico, e impressiona a todos. Atualmente, mesmo o Hospital estando degradado, todas as pessoas que eu conheço e que já viram o Hospital, falam que é uma pena, um complexo tão belo estar abandonado, degradado, e que ao invez disso poderia estar atendendo diversas pessoas!

Agora, eu acho que é a hora de toda a colônia, (que todos os descendentes de Italianos de São Paulo) se unissem, lutassem em prol disso! Sei que a colônia Italiana infelizmente não é únida, mas nunca é tarde para se unir, visto que este é um objetivo em comum de todos!

Se querem ter de volta um Hospital Italiano, que se faça algo! Algo só se realiza com a união de todos!

Até mais amigos!


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ÁRVORE CAI EM CIMA DO MURO DO HOSPITAL MATARAZZO, NA RUA ITAPEVA



Olá pessoal. Hoje vou falar do que aconteceu na madrugada de Quarta para Quinta Feira da semana passada!
Por causa das chuvas que não dão trégua aqui em São Paulo, uma árvore caiu e simplesmente quebrou a calçada da rua Itapeva, e quebrou o muro, que fica, adivinhem perto de onde?

Do Hospital Matarazzo como mostra nas imagens acima! (as duas primeiras, e a última é para vocês compararem, como era antes e ficou depois).

Muito preocupante! Por pouco essa árvore não atingiu o Hospital Matarazzo (principalmente o prédio onde abrigava a sala mortuária, que fica próximo a Maternidade).

Bem, na parte da calçada, é sim obrigação da Prefeitura em fazer a podação das árvores, pois elas podem sim cair em um dos prédios e comprometer a estrurura do imóvel, e também do solo.

Porém não podemos esquecer que dentro do complexo hospitalar está repleto de grandes árvores, e elas assim como as do lado de fora, não são podadas, e não sabemos se essas árvores estão em bom estado ou não!? Cupins!

Isso pode ser um perigo, pois se ter qualquer chuva forte ou vento, essas árvores podem CAIR em cima dos prédios que compõem o complexo hospitalar, e se isso ocorrer, pode acontecer uma verdadeira tragédia!
Lembramos que o imóvel já não está em boa situação devido a seu acelerado nível de degradação, imagine então se alguma árvore caisse em cima de um dos prédios? Com toda a certeza desabaria!

Então eu peço a Previ que por favor, faça a poda das árvores! Pelo menos isso!
Vocês tem dinheiro para isso!

Depois eu volto a postar mais textos!
UP

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

COMENTÁRIO SOBRE A MATÉRIA DO JT


Olá Pessoal, voltei.
Hoje vou comentar sobre a reportagem sobre o Hospital Matarazzo no JT.
Primeiramente gostaria de agradeçer ao jornalista Daniel Gonzales pela excelente matéria e por ter comentado sobre nosso movimento em prol da salvação do Hospital.
Outra coisa que eu gostaria de comentar aqui é sobre as explicações da Previ.

Eles, na matéria, disseram que estão fazendo a devida manutenção do imóvel, e que o Hospital não está abandonado.
Eles argumentaram que visitas não estão sendo permitidas por falta de segurança, e que o imóvel tem um histórico de invasão, e que eles foi por isso que proibiram visitas e não por causa de nossas fotos e que estão recebendo muitos pedidos de visita mas estão negando em todos os casos.

Vamos lá, se lá dentro está tão perigoso porque dizem que estão fazendo reformas (manutenção)?
Primeiramente, manutenção é obrigação deles em fazer, mas eles decidiram fazer isso depois que começaram a sair matérias sobre a degradação do Hospital na imprensa e também depois que o Conpresp enviou duas notificações para eles!
Mas como alguém pode saber oque está ocorrendo lá dentro do Hospital? Como o Conpresp ou o Condephaat não faz nenhuma vistória, e agora com a proibição de visitas, ninguém sabe ao certo se de fato está ou não tendo reformas! Como comprovar isso? Portanto tudo está um verdadeiro mistério!

Argumentaram que um dos motivos também é pelo histórico de invasão!
Realmente em 1997 havia acontencido invasões no Complexo Hospitalar, porém nessa época devemos lembrar que o imóvel já tinha até alvará de demolição!
Depois que o imóvel ficou sob sentença judicial (quando os moradores da Bela Vista entraram com a ação civíl pública contra o destombamento e posterior demolição do imóvel) a Previ montou um grande sistema de segurança! Chamou o Sr Alfredo para administrar e ser o caseiro, e contratou diversos vigías para não deixarem ninguém entrar!
Sei que quando entramos no imóvel, primeiramente tivemos que mandar um email para obter uma autorização e depois ligar para agendar! Muito rígido! Fora que disseram que era proibido entrar com máquina fotográfica! E na época como funcionava o estacionamento, eles que trabalhavam lá eram extremamente brutos!

Analizando todos esses fatores, como não pensar que o real motivo que a Previ está negando visitas, seria porque eles tem medo que as pessoas tirem fotos? Como não? Porque se alguém entrar lá e ver oque realmente está acontecendo, pode comprovrar e comprometer eles!

A Previ que sempre diz que o imóvel está dando prejuízos, porque não aceita nenhuma oferta de venda? Negaram várias propostas, inclusive da Prefeitura que iria seder um potêncial construtivo para eles em troca do imóvel. Negaram o pedido de quatro empresas italianas que queriam o imóvel para transformar este, em Hospital Italiano. Não aceitaram a proposta da GV, e agora nem estão negociando o imóvel com ninguém!

Se argumentam que o imóvel não dá lucro, que só perderam dinheiro, e etc. Porque não vendem? Também uma coisa que chama a atenção é que eles são muito poderosos e se realmente a posse do imóvel (estando de pé) poderia trazer algum tipo de lucro para eles. Porque não implantaram algo? Porque não deram nenhuma ultilização para este? Eles tem dinheiro como poderiam bancar uma eventual reforma, e adaptar os prédios para um novo uso! Tiveram tempo para isso, mas não fisseram nada!
Nada! Ao contrário, deixam o degradar!

Analizando tudo isso como não pensar que eles esão deixando tudo se degradar de propósito, não importando quanto tempo demore, para que tudo venhe abaixo! Acabe ruindo!
Afinal ali é uma área enorme, perto da Av Paulista, área mais valorizada de São Paulo. Um shopping seria uma grande fonte de lucro!

Mas oque começou errado, não terá um final feliz, pode ter certeza e ninguém vai deixar essa barbaridade continuar acontecendo!
Irregularidades, Impunidade, Desrespeito com a memória de SP! Isso não pode continuar!
Avante!

domingo, 20 de setembro de 2009

REPORTAGEM SOBRE O HOSPITAL MATARAZZO NO JORNAL DA TARDE


Velho Matarazzo pede socorro

Inaugurado em 1904, complexo hospitalar está fechado há 16 anos e sem perspectiva de restauro

Daniel Gonzales, daniel.gonzales@grupoestado.com.br

A imagem de um paciente idoso, muito doente, aguardando a morte chegar, inevitavelmente surge na mente de quem para por alguns minutos na Alameda Rio Claro, perto da Avenida Paulista, e observa com atenção o que restou do Hospital Umberto I (lê-se primo, em italiano) - para os mais antigos, Hospital Matarazzo, fundado em 1904. Em um dos muros do ainda imponente complexo de edifícios neoclássicos, outrora referência no atendimento de saúde no País, há até um registro estourado que, faz duas semanas, jorra água sem parar na calçada.

Prestes a completar, agora em outubro, 16 anos de sua desativação por falta de remédios e de higiene, o esqueleto do Hospital Umberto I ostenta um aspecto de abandono geral, inclusive com vegetação crescendo nas frestas dos prédios, corroídos pela umidade, para a tristeza de ex-funcionários, ex-pacientes e vizinhos, que lançaram um movimento pela recuperação urgente do complexo.

As imagens ao lado, feitas por duas ex-pacientes e obtidas pelo JT, mostram o abandono de áreas internas dos prédios. São as últimas feitas antes que a atual proprietária do terreno e dos edifícios, a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) proibisse as visitas ao hospital, alegando falta de segurança. Mesmo assim, a entidade garante estar tomando todas as medidas de manutenção, como descupinização, para evitar que o hospital se desfaça em ruínas.

Desativado em 1993, o Matarazzo é tombado por órgãos de patrimônio histórico municipal e estadual e, por isso, não pode ser descaracterizado por fora nem derrubado. Esse foi um dos fatores que fez a proprietária desistir de revender os edifícios, intenção que tinha quando adquiriu o espaço, em 1996, optando por mantê-los fechados - desde então, em um permanente “estudo vocacional para avaliar a melhor destinação para os imóveis”.

Ao mesmo tempo em que é protegido, o hospital acaba sendo “vítima” de uma brecha na legislação que, segundo especialistas, impede que o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico (Conpresp) e seu equivalente estadual, o Condephaat, exijam a sua restauração. A lei não prevê multa, processo ou punição para casos de abandono.

O especialista em patrimônio Marcelo Manhães de Almeida, conselheiro do Conpresp, afirma que a legislação só fixa penalidades para os casos de ações como reformas não permitidas, por exemplo. “Mas não há nada o que se possa fazer nas situações de omissões”, diz. “O Umberto I é recuperável, mas há essa lacuna na lei”, concorda o arquiteto Paulo Bastos, responsável pelo tombamento do hospital, em 1986.

O próprio Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Prefeitura informou que teve um de seus pedidos ignorados pela Previ. O DPH solicitou em fevereiro um relatório e diretrizes para a recuperação do conjunto. Tais documentos deveriam ter sido entregues em 30 dias. “O projeto amplo que contemple restauro não foi apresentado”, informou o órgão. O que se fez? Nada, disse o DPH. “Não existe forma de obrigar um proprietário a restaurar um imóvel”, completa a nota. Uma das ex-pacientes que lidera o movimento pela recuperação, Luana Freitas, avalia que a situação de abandono é proposital. “A verdadeira intenção é que tudo desabe. Assim, a Previ pode justificar o destombamento, e ter o terreno livre para venda. Não digo que é esse o caso, mas isso ocorre com frequência.”

Ex-pacientes lideram movimento por restauro

Foi depois de observar a situação de degradação do hospital onde nasceram e tiveram atendimento médico quando crianças que duas irmãs, Luana e Aldeneide dos Santos Freitas, decidiram criar um movimento em favor da recuperação do Hospital Matarazzo. Hoje a comunidade reúne mais de cem pessoas entre ex-funcionários de ambulatórios, departamentos e da Maternidade Condessa Filomena Matarazzo, vizinhos e simpatizantes da reforma.

Elas também ganharam o apoio de entidades como a Samorcc (Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César) e Movimento Defenda São Paulo. “Decidimos lutar pelo hospital há um ano, depois que visitamos o Umberto I pela primeira de três vezes”, diz Luana. “Nessa época, as visitas ainda eram permitidas. Depois, proibiram tudo.”

Organizado, o movimento tem um blog com muitos dados sobre o hospital (hospital-matarazzo.blogspot.com), comunidades na internet e promove reuniões (a próxima será no dia 21, no Bexiga) para discutir ações. Uma das bandeiras é tentar convencer instâncias governamentais para que se interessem pela recompra do espaço e sua reabertura como hospital público. Até o ex-secretário Andrea Matarazzo, que trabalhou no hospital de sua família, manifestou-se pela recuperação do espaço no portal Twitter. “O lugar merecia algum equipamento cultural”, escreveu.

Nova ação

A presidente da Samorcc, Célia Marcondes, classifica a situação atual do Umberto I como um “descaso com a história de São Paulo”. Ela adiantou que deve entrar com uma ação judicial direta contra a Previ. “Será uma ação ordinária de obrigação, pois os imóveis são tombados e a preservação deve ser feita, por lei”, afirma.

Enquanto o futuro do conjunto é incerto, ex-funcionários também torcem pela reabertura. Eliana Brito, de 36 anos, que trabalhou no laboratório e como escriturária do Matarazzo, é uma delas. “Ainda me lembro dos corredores cheios de gente. Quando o hospital fechou, ficamos todos com uma sensação de impotência muito grande.”


Proprietária afirma que faz reformas

A Previ, atual dona do Hospital Umberto I, afirma que está realizando reformas no complexo. A assessoria de imprensa respondeu por e-mail os questionamentos da reportagem.

Segundo a Previ, no dia 12 de março foi enviada ao Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) uma carta que informava a contratação do Instituto Falcão Bauer. “Três meses depois, em junho, o instituto emitiu um laudo estrutural do imóvel, afirmando que as inspeções não apontaram sinais de instabilidade ou risco global de desabamento dos prédios”, afirmou. Ainda segundo a Previ, “as ações cotidianas são de caráter pontual, como reparos dos pontos mais severos de infiltrações e manutenção de equipes no local”. Sobre o futuro dos prédios do complexo, a assessoria disse que não “não há negociações (venda ou aluguel) em andamento”.

O primeiro projeto da Previ, que comprou o Matarazzo e o terreno de 17 mil m² em novembro de 1996, por R$ 42 milhões, era fazer ali um hospital menor, uma torre de escritórios, outra de consultórios, um shopping e um flat, mas houve problemas com o tombamento do conjunto, em vigor desde 1986. A Previ ingressou com uma ação de destombamento, mas em 1999 duas entidades de bairro bloquearam o negócio na Justiça. O processo está aberto.

A Previ proibiu a visitação após saber das fotos feitas pelas duas irmãs. “Recebemos muitos pedidos. Infelizmente, as visitas estão vetadas porque não seria seguro”, disse um assessor da Previ.


MEMÓRIA

>>O Hospital Umberto I foi inaugurado em 1904 por iniciativa da comunidade italiana de São Paulo. Em 1917, o hospital foi ampliado e aparelhado pela família Matarazzo. A maternidade abriu em 1943

>>A família sempre apoiou o hospital, de maneira filantrópica, até 1986, quando os custos ficaram altos demais. Foi adotada uma gestão conjunta com o governo, que só durou até 1993 por conta da confusão administrativa

>>Nos últimos dias, a situação era triste: com os salários atrasados, os médicos tinham que recolher o lixo . A interdição pela Vigilância Sanitária foi em 17 de outubro de 93

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domingo, 23 de agosto de 2009

FOTOS ANTIGAS DO HOSPITAL
















Prezados !!!!!!
Estou postando 15 fotos do Hospital Matarazzo, quando este funcionava.
Logo, volto a postar fotos do Hospital, porém desativado e degradado.

Até Mais!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

VANTAGENS QUE A PREVI IRÁ TER SE VENDER O IMÓVEL UMBERTO PRIMO



Olá amigos, voltei. Vou postar um texto sobre as vantagens que a PREVI terá, se caso vender o Hospital Matarazzo.

ANTECEDENTES

Desde 1990 como vocês sabem, o Hospital já estava em crise. Atravessava um período obscuro, com muitas dívidas, má administração, e principalmente, estava sendo alvo das especulações imobiliárias.
O terreno era (e continua sendo) muito cobiçado pelos imobiliários, pois o terreno tem aproximadamente 27 mil metros e fica há uma quadra da Avenida Paulista, área mais valorizada de São Paulo. O desejo deles era demolir tudo e construir prédios de luxo e etc.

A única parte que resistia bravamente era o setor onde estavam internados as crianças!
Em 1993, o Hospital veio a falência. Ele foi interditado pela vigilância sanitária, e depois disso nunca mais voltou a funcionar.
A PREVI desde essa época já estava de olho no imóvel, tanto que começaram as negociações para a aquisição do imóvel, que foi concretizada em 1996.

A PREVI já tinha em mente de implantar um projeto de demolir grande parte do complexo hospitalar (só preservando apenas a Maternidade, a capela, e o prédio novo, pois estes ainda pertence a sociedade Umberto Primo), e construir um shopping, flat, salas comerciais, e um Hospital dia (sem internações e particular). Quem seria o responsável por este projeto seria o arquiteto Júlio Nevez com o apoio da arquiteta Helena Saia.

A PREVI realmente achava que iria conseguir, e mesmo o imóvel sendo tombado, eles conseguiram arranjar uma maneira de destombar o imóvel (não sei se rolou grana), e tudo mais. Tudo ilegal!

Coseguiram alvará da prefeitura (no governo de Paulo Maluf e Celso Pitta) para legalizar as demolições. Tudo estava certo, em pouco tempo o Hospital Matarazzo seria "varrido do mapa", mas graças que felizmente os moradores da Bela Vista entraram na justiça e impediram essa barbaridade acontecer!
Os moradores ganharam em primeira instância, mas a PREVI recorreu e não sabemos oque vai acontecer ...
A PREVI se sentindo prejudicada, resolveu alugar o terreno do imóvel para uma empresa de estacionamento, assim poderia ter algum lucro!

Em 2003 e posteriormente em 2005, ocorreram dois eventos no complexo hospitalar: A Casa Cor e a Casa dos Criadores. Para ocorrerem esses eventos, o complexo hospitalar teve que passar por uma pequena reforma (só para amenizar o problema, pois desde aquela época o Hospital já estava se degradando, e as reformas foram mais por fora e não nas estruturas do imóvel).

Em 2005 a PREVI decidiu contratar uma equipe para avaliar o que poderia ser feito com o imóvel. Eles acharam que a melhor saída seria então ALUGAR!
A PREVI entrou em negociação com a fudação Zerbini (seria uma boa saída para o Hospital, pena que era só por locação). A PREVI iria locar o imóvel para a fundação Zerbini em um prazo de 20 anos, e a fundação teria que pagar o IPTU do imóvel, e além disso teria que reformá-lo, e equipá-lo!

O negócio durou 6 meses, mas a fundação Zerbini desistiu do negócio!
Como eles iriam investir tanto dinheiro, sendo que eles teriam que pagar aluguel do imóvel para a PREVI, e depois de 20 anos, teriam que devolver o imóvel sendo que eles ainda teriam que bancar a reforma, equipá-lo, pagar IPTU e tudo mais? Assim não dá!

ATUALMENTE!

Depois disso a PREVI entrou em negociação com várias empresas estrangeiras, e muitas foram até obter informações sobre o imóvel no Condephaat. Uma empresa era Francesa, e queria transformar o complexo hospitalar em um hotel de luxo, mas desistiram do negócio ao saber que o imóvel é tombado (não pode ter demolições), e a outra é bem conhecida dos Paulistanos, e na verdade é uma faculdade! A fundação Getúlio Vargas. Eles queriam transformar uma parte do imóvel em uma de suas sedes (inclusive tem um túneo que liga a fundação ao Hospital), mas eles queriam comprar só uma parte do complexo hospitalar e então a PREVI não aceitou o negócio! Se for vender, venderiam tudo e não só uma parte do Hospital.

Depois dessas negociatas frustadas, a PREVI ainda tenta negociar o imóvel para alguma imobiliária, mas as tentativas estão sendo frustadas, devido ao tombamento do imóvel.

A PREVI amarga um prejuízo de 240 milhões com o Hospital. Sua única fonte de renda era o estacionamento, mas este foi fechado por funcionar de forma ilegal. A PREVI antes pagava um IPTU de 800 mil reias, do Hospital, mas passaram a não pagar e atualmente eles tem uma grande dívida de IPTU do Hospital. Se eles estão tendo prejuízos, por quê não desistem do imóvel?

A uns meses atrás, a Prefeitura de São Paulo chegou a fazer uma proposta para a PREVI dando a eles um potêncial construtivo (a Prefeitura iria seder um terreno à PREVI em uma área valorizada da cidade, e também perdoaria a dívida de IPTU que eles tem com o Hospital) mas a PREVI rejeitou a proposta, e mais, alegou que estava negociando com grandes imobiliárias, e que querem algo que traga mais rentabilidade, e lucro!
Rejeitaram uma grande proposta !!!!!!

Na verdade a PREVI tem esperanças de ainda lucrar muito com o imóvel. Eles estão deixando o imóvel "se acabar" de propósito, para este, acabar ruíndo, e finalmente eles puderem fazer aquele tal projeto de contruir o shopping, flat, salas comerciais e outras besteiras!

Ainda com a pressão da imprensa em cima deles (porque já noticiaram a degradação do Hospital, como na Rádio Bandeirantes, na CBN, no Estadão) eles não estão deixando as pessoas "vizitarem o Hospital" pois se alguém entrar, vão comprovar como o Hospital está degradado, e eles não podem correr riscos!

A PREVI proibiu mesmo a entrada de pessoas (sendo que ali é um imóvel tombado, e é um patrimônio de SP, portanto deveria ser pemitida sim a entrada de pessoas), e ainda estão querendo enrolar as pessoas prometendo uma reforma que ninguém sabe se vai ocorrer (e se ocorrer, eles podem piorar ainda mais o Hospital).

Bem, a PREVI na verdade quer que o imóvel desabe, e assim justificar o destombamento, mas isso é UM CRIME e eles podem ser punidos severamente pela lei, tanto que eles podem ser obrigados a "reconstruir o complexo hospitalar novamente, e imagine como isso sairia caro para a PREVI? Se a PREVI nem faz a manutenção do imóvel, imagine terque recostruir tudo denovo?

Se forem inteligentes, vão desistir desta monstruosidade e vão vender o imóvel! E para um fim humanitário que irá ajudar muitas pessoas.

VANTAGENS QUE ELES PODERAM TER!

A PREVI é um fundo de pensão muito poderoso, é a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil que é um banco DA UNIÃO, ou seja, do GOVERNO FEDERAL!

Mas a PREVI mesmo sendo tão poderosa, não foi muito feliz em muitos de seus grandes investimentos ( Costa do Sauipe, Hopi Hari e principalmente no caso do Hospital Matarazzo, que já começou da pior maneira possível, pois quando eles compraram o imóvel, já sabiam que ele era tombado pelo patrimônio histórico, e ainda quis reverter esse tombamento com uma série de irregularidades).
É indiscutível, a PREVI amarga esses prejuízos justamente por sempre querer ser mais e mais poderosa!

Se são tão ricos, porquê continuarm insistindo no Hospital Matarazzo? Esse negócio começou errado e é obvio que vai acabar errado. Eles estão perdendo muito dinheiro e ainda insistem! Se continuarem querendo fazer esse monstruoso plano, vão ser severamente critícados pois o povo paulistano não vai deixar essa barbarie acontecer, e nem a justiça.

Mas por outro lado, se eles venderem, vão se livrar do "Estorvo", não vão precisar gastar dinheiro para "fazer maquiagens no imóvel", nem precisar pagar IPTU, nem correr o risco de serem novamente "processados pela justiça" e nem ter o seu nome (PREVI) envolvidos em mais um escandalo na imprensa, e nem nada disso.

Poderam finalmente ganhar algum dinheiro com o imóvel, e investir em outra coisa!

Por ser um fundo ligado ao Banco do Brasil, eles, ao invez de tentar fazer essas investidas que não vão beneficiar nem um pouco o povo brasileiro, deveriam sim, dar um exemplo bom, e realmente fazer negócios que de alguma forma possam trazer algum benefício para as pessoas. Po exemplo, se eles vendessem o imóvel, com a finalidade de voltar a ser um Hospital e Público!

Tem exemplos de outros bancos que investem dinnheiro afim de ajudar pessoas necessitadas, como por exemplo o UNIBANCO. Em plena periferia, eles instalaram o "Instituto Unibanco" que tem uma excelente acervo de livros, para a população carente! Eles construiram o espaço, e agora é uma ótima biblioteca, e mais, é de graça!
O Banco Real que tem concursos da Meia Idade! O Banco Itaú que também é dona de um projeto, chamado Lotus Letárgica, que dá cursos para o pessoal da periferia e etc! Ah muito desses bancos patrocinam restauro de imóveis!? E agora o Banco do Brasil se uniu com o Nossa Caixa, Banco Paulista... Com esse grandioso capital, daria sim para investir em projetos sociais ou algo que traga beneficios para o povo, e Hospital nunca é demais, e ainda em um imóvel grandioso já construído!!!!!!!

PREVI, pense bem, se querem parar de serem alvo de criticas, e tudo mais, desistam do Hospital Matarazzo! Vão ver que a situação vai melhorar para vocês!

Por hoje é só!

UP!




segunda-feira, 29 de junho de 2009

ENTREVISTA COM A ARQUITETA HELENA SAIA

Olá a todos. Vou transcrever a entrevista da Helena Saia na CBN na semana passada:
Segue abaixo:


MILTON JUNG, ÂNCORA: Nossa convidada no CBN São Paulo é a arquiteta e urbanista Helena Saia. Muito bom dia, Helena.

HELENA SAIA, URBANISTA: Bom dia, Milton.

MILTON JUNG, ÂNCORA: Nós, agora pouco ainda comentando aqui com o ouvinte internauta do CBN São Paulo, nos referimos a um trabalho feito por duas estudantes ou duas ex-pacientes no hospital Matarazzo preocupadas com a preservação daquela instituição. Helena, você já fez um trabalho, um levantamento alguns anos sobre o local que fica lá no Hospital Matarazzo. Existe a possibilidade de preservação dessa história?

HELENA SAIA, URBANISTA: Com absoluta certeza. Tudo é passivo de preservação e no caso lá, você tem o complexo, o Hospital Humberto Primo como é conhecido historicamente, ele está íntegro, no ponto de vista de todas as etapas e até a década de 90, funcionou, de 1903 até 1990. É uma questão de restaurá-lo.

MILTON JUNG, ÂNCORA: Ainda há, então, condições de recuperação? Esse não é o patrimônio perdido?

HELENA SAIA, URBANISTA: Sim, é tombado. Não, não é, imagina. Isso daí é um patrimônio que não deve ser perdido porque ele representa muito pra São Paulo e, principalmente, pra população paulistana que têm as suas raízes ligadas à questão, à imigração italiana , eu queria colocar uma questão que é fundamental. A questão da saúde tomada pelo Estado, é uma questão da década de 30 do século passado. Anteriormente a isso, as colônias, a alemã, a italiana, a sírio-libanesa, a portuguesa, ela assumiu o trato da questão da saúde. E como a colônia italiana foi muito importante em São Paulo, é o registro, é a memória dessa história. Entendeu?

MILTON JUNG, ÂNCORA: Claro, quer dizer, o hospital tinha essa importância e o que a gente ainda vê hoje em alguns movimentos, é exatamente por parte da colônia italiana no intuito de conseguir preservar parte dessa história e, inclusive, se sentindo muitas vezes aí, ou lamentando o fato de que até agora não tem se dado um destino. Olhando as imagens que foram feitas a gente fica um pouco assustado porque vê pedaços caindo. Mas apesar disso, a senhora está nos dizendo aqui que sim. É possível ainda preservar e esse não é um patrimônio que está perdido.

HELENA SAIA, URBANISTA: Não, não.

MILTON JUNG, ÂNCORA: Agora, que utilidade se daria para esse local? A senhora chegou a estudar isso?

HELENA SAIA, URBANISTA: Bastante, bastante, inclusive em termos de documentações, a documentação histórica documental e a documentação que se tem nos edifícios. Eu fiz o levantamento de todos os centros de saúde porque lá você tinha, teve em 1903, um núcleo muito pequeno construído que era separada a ala dos ricos e ala dos pobres. E aí como os pobres eram em números muito maiores, os ricos foram construindo as suas casas de saúde. Agora por outro lá, há uma legislação e é tombado, pelo CODEFAT, e pelo CONPRESP. O grande problema que eu vejo é você ter esse tombamento legal e não se debruçar sobre a questão legal em termos de como preservar e para que preservar.

MILTON JUNG, ÂNCORA: Que utilidade dá para essa área?

HELENA SAIA, URBANISTA: Exatamente. Eu tenho uma opinião pessoal, eu não vou, eu acho que sempre aquilo foi um ponto de referência de saúde. Ali não foram só atendidos pacientes de origem italiana, mas ali se formou muito médico. É um centro de desenvolvimento da medicina paulista muito grande, muito forte. E até minha opinião é manter ali alguma coisa voltada à saúde já que a gente está no eixo da Paulista e ali você sempre tem uma demanda muito grande.

MILTON JUNG, ÂNCORA: Ou seja, que se continue aquela área numa referência na área de saúde. Aí o olhar que vai se dar a isso pode ser até diferente. Não sendo necessariamente um hospital, mas, ou uma escola.

HELENA SAIA, URBANISTA: Não, porque a saúde hoje, você tem que colocar com os avanços tecnológicos, então você pode ter uma coisa, mais, melhor resolvida no ponto de vista da arquitetura e ter espaço, por exemplo, você tem uma capela maravilhosa que é a Capela Santa Luzia que fazia parte, que faz parte do complexo, mas você pode ter aquilo lá, com o uso bastante amplo para toda a cidade. Como eu tava falando da hospedaria dos imigrantes que é talvez uma das coisas mais visitadas em São Paulo porque lá todo mundo encontra as suas raízes. Então, a mesma coisa se daria em termos de revitalização cultural, você ter um apoio no plano de tratamento da saúde e no plano do conhecimento da evolução da medicina em São Paulo.

MILTON JUNG, ÂNCORA: Helena, o prédio é ainda da PREVI?

HELENA SAIA, URBANISTA: O prédio é ainda da PREVI.

MILTON JUNG, ÂNCORA: Tá, certo, então a PREVI que é responsável pela destinação a ser dada nesse local?

HELENA SAIA, URBANISTA: É, aliás, a PREVI desde que tomou as primeiras providências pra que hoje, vocês se espantam que está caindo janela e isso aquilo, estava muito pior porque ela investiu ali em termos de estar seguro, anda arrumando telhado, colocando um muro de arrimo na Rua Itapeva porque aquilo lá estava para cair. Enfim, o pessoal da PREVI é muito [ininteligível] em relação à importância que o complexo tem para a cidade de São Paulo.

MILTON JUNG, ÂNCORA: Helena Saia, muito obrigado pela sua gentileza, até uma nova oportunidade.

HELENA SAIA, URBANISTA: Tá bom, Milton. Obrigada. Eu agradeço. Tchau.

MILTON JUNG, ÂNCORA: A arquiteta e urbanista Helena que fez o estudo em torno do Hospital Matarazzo nessa área ali na Bela Vista extremamente valorizado, está parada, está abandonada porque não se deu uma destinação ainda para esse local que foi importantíssimo na cidade de na história de São Paulo, na história da colônia italiana, havia alguns anos, inclusive, um movimento de ícones da colônia italiana aqui em São Paulo, a sociedade paulistana no intuito de preservar aquela área, recuperar, uma mobilização, mas nunca se avançou muito nesse sentido. O prévio é da PREVI, proprietário do local, mas até esse momento, até hoje não se tem uma informação sobre o destino para aquela instituição. Já havia aí no passado aí interesse da própria, eu acho que a GV que tem ali, né? A GV de comprar aquele terreno até para estender a escola pra lá, a universidade pra lá, há uma curiosidade naquele local porque há túneis que liga um lado para o outro. Dizem que isso não há nenhuma garantia do ponto de vista histórico que esses túneis serviam para que fascistas que estavam internados no hospital, pudessem fugir quando eram procurados pela polícia, quando eram cassados, etc e tal. Mas isso também não é uma coisa que ficou confirmada, nunca teve um registro histórico assim que comprovasse isso, de qualquer forma tem esses túneis também na parte de baixo lá do hospital que dá acesso ao outro lado da rua. Mas enfim, até agora não tem uma palavra final sobre o que vai acontecer e chama a atenção. Quando você vê as imagens lá do hospital, as imagens que foram feitas pela e pela Aldeneide e pela Luana dos Santos Freitas, você fica preocupado e diz assim: "Será que esse patrimônio vai se preservar dessa maneira durante muito tempo? Será que vamos perder essa história de São Paulo, também essa história de São Paulo?" 10 horas e 28 minutos.

Bem, não sei se ela foi verdadeira nas palavas, pois como já disse, ela estava no projeto do arquiteto Júlio Neves de construir o tal shopping, flat, e etc.

É isso! Up

terça-feira, 23 de junho de 2009

UM PEQUENO TEXTO

Antes de tudo, de continuar postando outros textos, gostaria de agradecer ao Milton Jung (da rádio CBN) por ter publicado um texto nosso sobre o descaso do Hospital Matarazzo, e também por ter publicado algumas fotos que tiramos (em nossa Segunda visita que fisemos ao Hospital , em Setembro com a nossa amiga Larissa Karen Amorim, a filha de uma ex- funcionária, valeu Láh).

Gostei muito da divulgação da nossa ideia de salvar o Hospital, na imprensa, mas digo desde já qe não queremos APARECER as custas do caso do Hospital, mas sim queremos que realmente o Hospital seje salvo da degradação e volte a ser "reativado" como Hospital Público.

O Hospital estava esquecido a muitos e muitos anos, talvez só voltou a ser lembrado quando teve o evento "Casa Cor" e "A Casa dos Criadores", mas depois disso, voltou a ser um imóvel lá, abandonado, em degradação, cheio de lembranças de um passado que não volta mais, e um futuro incerto (talvez certo, de ficar se degradando até cair, e depois disso, o terreno abrigar um shopping, flat, salas comerciais e etc).

Quando estivemos desde a primeira vez lá, sentimos a obrigação de tentar fazer algo para salvar o lugar, que tanto nos ajudou anos atrás! Porisso estamos nessa campanha até conseguir nosso objetivo que não vai ajudar só nós, mas sim muitas e muitas pessoas que tanto necessita de centros de saúde de qualidade.

Não assisti o programa, mas pelo oque me contaram a Helena Saia deu uma entrevista, falando sobre o Hospital Matarazzo, e que mesmo ele estando degradado, ele pode ser salvo. Espero que as palavras dela realmente tenhe sido verdadeiras, e que ela realmente tenha desistido de um dia já ter sido parceira do arquiteto Júlio Neves para a implantação do projeto da PREVI de demolir boa parte do complexo hospitalar para construir o shopping, o flat e etc!

Mas uma coisa em não concordo é que eu acho sim que a PREVI deveria cuidar melhor do imóvel. Não adianta fazer somente um muro, pois a única vantagem é impedir invasões, mas por outro lado, serve para impedir que as pessoas entrem e vejam como o complexo hospitalar está por dentro. Se eles estão arrumando o telhado, por que não permitem visitas ainda? Quem não deve não teme!
Maquiar por fora não vale!

Outra coisa que eu falo também é que a comunidade Italiana deveria ter um Hospital como tinha antigamente. É a maior colônia de imigrantes de São Paulo. Se temos o Albert Einstein, o Sirio Libanez, o Oswaldo Cruz, que foram fundados por associações de imigrantes. Por quê não podemos ter o Hospital Matarazzo ou Umberto Primo de volta, para a comunidade italiana?


Continuando o comentário!

No dia 24 de Junho, estava na Av Paulista para resolver umas pendências pessoais , e como sou muito curiosa, quando ia embora, dei uma passada em torno do Hospital Matarazzo. Eu tinha escutado um boato que o estacionamento voltou a ser fechado, então fui lá para saber.

Quando estava andando, e olhei para o complexo hospitalar, e novamente deu muita pena em ver tudo abandonado, se deteriorando mais e mais.... Uma tristeza!
E vi mais um encanamento quebrado, deixando a parede podre! Bem, podem colocar mil tabuas de madeira para esconder, tudo o que for possível, mas é obvio que percebemos como o lugar está degradado, e eu fico pensando se nada for feito, pode ocorrer uma tragédia a qualquer momento lá!

Fiquei muito chatedada, já que no dia seguinte eu ia fazer aniversário, e realmente é chato ver o lugar que você ( e outras pessoas) nasceu, estar abandonado e degradado!

O estacionamento está mesmo fechado, pelo o que vi, tem uns blocos de tijolos na entrada (onde passavam os carros) e uma tábua de madeira! Acho que é para impedir a passagem de carros no local!

Minha opinião sobre o estacionamento é a seguinte: Tudo bem, ele pode funcionar, mas desde que ofereça segurança para as pessoas que trabalham lá.
Os prédios que compoem o complexo hospitalar estão muito degradados e se um carro derrapar em um dos prédios, pode ter um desabamento, e uma tragédia, ou várias!
É um caso de segurança para os funcionários e também para os prédios.
Realmente, é triste ver pessoas desempregadas, mas se o complexo for restaurado, ai sim, não haverá perigo, e se o complexo for reativado como Hospital, muitos empregos serão criados!!!!!!! Podem ter certeza!



sexta-feira, 22 de maio de 2009

Em um dia que lembramos do passado

Eu sei que é meio brega usar esse lema, mas foi justamente isso que aconteceu no dia 16 de Maio, em um Sábado.
Fui sozinha, (diferente das outras vezes que estava sempre com a minha irmã, mas agora ela está em um emprego super explorador) e tinha combinado com uns amigos para darmos uma voltinha pelos lados do Hospital. Queria mesmo é ter entrado, mas agora que estou visada pela PREVI, não sei quando terei a oportunidade de entrar lá novamente. Uma injustiça!

Fiquei esperando uns 30 minutos até que me encontrei com eles, e fomos para a padaria, que fica de frente com o Hospital.
Como esses colegas estão fazendo um trabalho para a faculdade deles sobre o Hospital Matarazzo, eles me entrevistaram e pediram para contar um pouco sobre a época que eu era paciente do Hospital Matarazzo, e também sobre o projeto!

Contei tudo para eles, porém não sei se me lembrei de tudo, por que estava meia desconcentrada , pois na padaria estava cheio de pessoas!

Depois, demos uma voltinha pelo Hospital, e estavamos esperando por outra pessoa. A ex-funcionária do Hospital (a mesma que foi conosco em Janeiro visitar o Hospital internamente) e ela iria dar um depoimento sobre a época que ela trabalhava e morava no Hospital.

Demos uma volta por todo o complexo hospitalar e tudo está igual como das outras vezes que estivemos lá! Deteriorado! e o curioso é que muitas janelas estavam fechadas! Parece que fecharam de propósito para não vermos como está lá dentro!
Só tinha duas janelas abertas, e dava para ver as vigas de madeira do telhado, todo esburacado, deu muita pena! A minha colega tentou tirar uma foto, mas o segurança percebeu e disse: O que vocês estão fazendo aí? Querem alguma coisa? Não falamos nada, mas que eu saiba a rua é pública!
Percebemos que a fachada estava muito suja, e deteriorada. Talvez porque naqueles dias havia chovido muito.

Depois paramos na frente do Hospital, e dai encontramos a ex-funcionária que logo me reconheceu de cara! Ela disse que até hoje lembrava da visita que fissemos ao Hospital em Janeiro e que tinha ficado em choque naqueles dias.

Depois fomos sentar perto do Banco Real, e a ex-funcionária lembrou dos tempos que ela estudou e trabalhou no Hospital.

Ela estudou na escola de enfermagem em 70 e 71. Parece que na época tinha um processo seletivo para se entrar na escola.
A escola de enfermagem era a melhor de São Paulo, até melhor que a da Santa Casa. Lá estudava pessoas de outras regiões de São Paulo e era uma escola particular e muito renomada!
Lá se aprendia de tudo e as irmãs eram muito exigentes! Tinha que estagiar em todos os setores inclusive ela contou que teve que assistir a uma cirurgia com a irmã chefe, e não se lembrava de nada, já que estava muito nervosa, mas depois acabou se lembrando e tirou 10!

A residência das estudantes (quarto onde elas dormiam) era na Maternidade, e geralmente elas tomavam café da manhã e almoçavam na cozinha, que fica no mesmo prédio da escola de enfermagem, no térreo, junto com os médicos e outros funcionários do Hospital, e todos se sentavam e conversavam sobre tudo, uma grande amizade de todos que trabalhavam no Hospital.
Ela tem o álbum de fotos de quando ela se formou (inclusive foi a Maria Pia Matarazzo que deu os diplomas), mas não se lembra onde deixou, mas assim que achar vai nos passar!

Ela disse que trabalhou na pediatria, foi enfermeira inclusive ela trabalhava no subterraneo, onde tinha os casos "mais graves". No subterraneo tinha as salas de raio X, e as internações. Ela disse que cuidou de uma menina que tinha tinha deslocado a bacia, e ela tinha ficado internada durante vários meses, mas quando ela recebeu alta do Hospital, ela ficou meia sentida, e depois continuou visitando o Hospital, só depois de um tempo que a ex-funcionária perdeu o contato com ela!

Um caso triste foi na Maternidade. Uma mulher (aparentemente saúdavel) estava esperando um filho, mas na hora do parto, ela deu uma grande hemoragia e acabou morrendo (na sala de parto)!

Um Hospital não é feito só de casos bons, mas também de casos tristes!

Ela disse que o Hospital Matarazzo tinha filas, obvio, mas as pessoas eram bem atendidas. Talvez era o melhor Hospital de São Paulo, e tinha um grande renome!

Não podia chegar atrazada, isso era intolerável, mas não tinha horas para sair. Sempre quando chegava algum paciente, tinha que o atender.

Na época, não tinha falta de medicamentos, talvez porque a demanda de pessoas era menor, mas era impressionante como o Hospital funcionava bem!

Ela, depois, foi devido a localidade, trabalhar em outros Hospitais, e acabou se distanciando do Matarazzo, mas acabou retomando o passado primeiramente quando foi para os lados do Hospital e reencontrou com uma amiga que lhe disse tudo oque estava acontecendo com o Hospital recentemente (como o fechamento do Hospital, o destombamento e etc) e depois por nossa causa!
Que a época que ela mais gostou da vida dela, foi ter trabalhado no Hospital Matarazzo!

Ela disse que antes de morrer, ela quer ver o Hospital ser "reativado", que e o Hospital foi construído para esta função!
Que não tem "problemas" se o conjunto voltar a ser Hospital mesmo sendo em formato de casarão, pois hoje em dia pode-se transformar tudo, talvez o prédio novo poderia abrigar a UTI já que está parte não era muito grande quando o Hospital funcionava e é uma parte que requer um cuidado especial.

Depois de essa"super entrevista" que não sei se consegui lembrar ao certo, demos uma volta pelo Hospital com ela e falamos sobre o projeto, ideias (que não vou falar aqui) sobre o passado, e como aquela região havia mudado com o passar do tempo. Ela se lembrou do Sr Alfredo, e comentou que ele era um homem frio que não se importa muito com o Hospital, inclusive por não sentir nenhuma pena de ver o lugar abandonado e não fazer nada.
Ela se lembrou da órta que ele plantou atrás do Hospital, e que ele não nos deixou entrar no túneo (porque não tinhamos lanterna rsrrsrs).

Atrás do Hospital perguntamos para ela, o quê funcionava em cada prédio? Ela disse que o primeiro era a parte detrás da pediátria (este eu conheço e muito bem), da maternidade (conheço este também, muito bem), o necrotério, a sala de velório (câmara mortuária), e é claro a escola de enfermagem, cozinha, lavanderia, e sala das caldeiras (tudo funcionava no mesmo prédio, que é a foto que está logo acima, totalmente degradado).

Quando passamos atrás da Maternidade, perguntamos para um vigia se podiamos entrar e se a ex-funcionária podia entrar, já que ela trabalhou e morou lá.
Ele disse que só podia entrar com uma autorização da PREVI (mas eles nem estão autorizando visitas com medo de alguém fotografar lá dentro), e que eles eram meio enjoados para essas coisas. Nós falamos para ele que não tinha problemas nenhum em entrar, já que lá não tem nada para roubar e ele disse, ao contrário.

Ele disse que podiamos tentar falar com o Sr Alfredo e pode ser que ele daria uma autorização, mas ele não estava neste dia (já que era o dia de folga dele) mas podiamos ir falar com ele em outro dia!

Gostei desse vigia, ao contrário de outros mau educados, ele mesmo não autorizando, foi super simpático conosco!
Depois andamos até a Avenida Paulista e fomos embora! Foi isso!

Sobre o Sr Alfredo, tenho certeza que se ele me ver, vai me expulsar sem dó nem piedade, mas eles deveriam perceber que queremos somente o bem do Hospital, e jamais (ao contrário deles) iriamos fazer alguma coisa para degredir o Hospital ou algo assim, mas queremos que ele seje salvo e volte a funcionar!
Eles não conseguem entender como esse lugar foi e continua sendo importante para todos nós!

Vou fazer aniversário em Junho, 25 aninhos!
Mesmo tendo ido ao interior do complexo hospitalar três vezes ( a última em Janeiro) gostaria de puder entrar lá novamente, e levar a minha mãe comigo. Seria um belo presente de aniversário!


Por hoje é só, logo volto a postar denovo!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O dia que não conseguirmos entrar.





Acima, algumas fotos do Hospital Matarazzo.

Vou falar um pouco sobre a ultima vez que passei pelos lados do Hospital Matarazzo.
Era um dia de Sábado, estava indo com a minha irmã para aqueles lados, para encontrarmos alguns colegas.
Na verdade estava muito tempo sem saber absolutamente "nada" sobre o Hospital. Sabia que o estacionamento tinha sido reaberto graças a uma liminar da PREVI, mas só isso mesmo.
Quando chegamos, estava tendo uma feira lá na Al Rio Claro e o estacionamento não estava aberto naquela parte, apenas lá na outra entrada do Hospital na rua Itapeva.

Chegamos, e fomos perguntar para um vigia sobre o estacionamento, e ele disse que ele volta a ficar aberto (na Rio Claro) durante a semana. Perguntamos se o Hospital podia receber visitas, e ele disse que NÃO, ele nos disse que se entrassemos lá dentro, podia ser perigoso, pois várias partes do Hospital estavam desabando, e se acontecesse algo conosco, ele seria o responsabilizado.
Será que é porisso mesmo?

Encontramos nossos colegas, e eles nos falaram que a coisa anda feia lá mesmo.
Um dos vigias falaram para eles, que a PREVI não está autorizando visitas no Complexo Hospitalar, nem mesmo na parte que abrange o estacionamento (só mesmo para pessoas que estacionam seus carros) , não só porque o complexo hospitalar está em má situação de conservação (na parte interna) mas sim porque duas meninas entraram lá, e conseguiram fazer imagens do interior dos prédios, e publicaram na internet.
Quem não deve, não teme!

Mas também disseram coisas monstruosas.
No Complexo Hospitalar está tendo "desbamentos de forro" todos os dias, em todos os prédios.
Sempre eles escutam um barulho fortissimo, uma espécie de "boom", e derrepente sai uma grande quantidade de fumaça das janelas.
Caminhões com casambas veen todos os dias recolher enormes pedaços de forro que desabou (dos telhados).
Falaram que ninguém está indo nessas partes piores.
Porque ninguém toma uma atitude?

Outra coisa que falaram é que sempre, durante a noite, aparecem ratos.
Eles ficam andando de um prédio para o outro. Lá virou um abrigo de ratazanas, inclusive um vigia, foi no subsolo do Complexo, e ficou com as calças cheias de pulga de rato, ele mesmo sacodindo, ainda ficaram pulgas em sua calça!
Puts, isso não pode acontecer, é perigoso, inclusive para os vigias. Sabemos que a peste negra veio devastar um terço da população Européia na Idade Média, graças as pulgas de rato!
Cadê as detetizações?

Outra coisa são os cupins! Estes estão comendo toda a madeira do telhado.
Eu vi com meus próprios olhos, o telhado cheio de furos. Eu fico imaginando oque deve acontecer em dias de chuva? Com certeza, deve ser porisso que o piso térreo deve estar cheio de goteiras, pois no primeiro andar não tem mais forro, e o telhado está furado...
Cadê as detetizações (novamente)?

Outra coisa que falaram, foi sobre fantasmas.
Durante a ronda noturna, no prédio inacabado, dois vigias escutaram pessoas cantando. Quando foram ver dentro dos prédios, não tinha nada e eles sairam correndo.
Na Maternidade se escutam barulhos de crianças chorando.
Como deve ter morrido muitas pessoas no Hospital, ele está abandonado e em ruínas, é claro que as almas ficaram presas, e não podem descansar. Elas pedem socorro!

O administrador e caseiro (Sr Alfredo), continua trabalhando lá, mas está de folga nos finais de semana.

Foi mais ou menos oque falaram.

Estavamos andando, e vendo tudo. Primeiramente passamos pela Rua Itapeva, e lá dava para ver a parte de trás da Pediatria, Necrotério, Casa das Caldeiras... e lá dava para perceber pelas janelas, que está tendo infiltrações na parte térrea, as paredes estão podres, janelas quebradas... e um cheio insuportável de mofo! Pensamos que ali pode desabar!

Depois passamos pela São Carlos do Pinhal, e lá vimos que a tintura das paredes, está gasta, algumas janelas quebradas.

Na Al Rio Claro, a coisa está feia, vimos que na casa de saúde Francisco Matarazzo, as paredes estão com a tintura gasta e também com a pintura descascando, conseguimos ver (já que a porta estava aberta) que tem uns pedaços de madeira segurando o teto!
Vimos, por umas janelas (do ultimo prédio do Complexo amarelo) que o telhado está totalmente furado (muito mais do que quando estivemos lá das outras vezes), janelas quebradas, rachaduras, crescendo vegetação no telhado.

Queriamos ter entrado, inclusive o portão estava aberto, mas percebemos que tinha pessoas lá dentro do estacionamento nos vigiando, e decidimos não entrar. E se caso tivessemos entrado, eles poderiam fazer algo conosco (já que a PREVI está "de olho" em nós, e eles sabem do nosso projeto) como nos prender, ou então, tentar fazer coisas piores. Eu vi um vigia olhando para nós, e escrevendo em um caderninho.

Voltei para casa, e pensei oque estão fazendo com o nosso Hospital Matarazzo.
Eles nem ligam para as pessoas, pessoas que tanto dependeram deste Hospital. É uma falta de respeito com todos os ex pacientes, ex funcionários, ex médicos que tiveram uma grande história de vida ali.

Não querem deixar ninguém entrar. Pode até ser que o lugar realmente está perigoso, mas eles não querem que as pessoas presencie isso, pois eles querem é que os prédios acabem ruindo e assim eles ficarem com o terreno e implantar algum projeto imobiliário, como construir mais prédios, mais shoppings (não queremos isso).

Ninguém sabe ao certo como está a situação do Complexo interiormente, se a situação está mesmo critica ou eles estão aumentando
só para afugentar as pessoas do lugar. Afinal eles não querem que ninguém saiba oque está acontecendo lá dentro ao certo!

Como não deixam ninguém entrar, ninguém sabe ao certo como estão as coisas lá dentro e oque eles estão fazendo lá dentro!

Sobre os forros desabando eu me lembro bem que no complexo amarelo nem tinha mais forro de gesso das ultimas vezes que tivemos lá, no primeiro andar ( tinha desabado tudo) , só de concreto e pareciam estar bem firmes, só se alguém dar uma "ajudinha" para eles cairem. Na maternidade, o forro também é de concreto, mas em uma das salas, este forro tinha desabado! estranho né!

E não podemos esquecer do piso térreo do ultimo prédio do complexo amarelo, o forro tinha sido "arrancado" pelos funcionários!

Outra coisa grave ali é o telhado furado e fiações! Por quê não consertam o telhado, Substituam as telhas furadas por telhas novas? Por quê não trocam as fiações? Por quê não consertam os encanamentos? Por quê não consertam as rachaduras? Dinheiro eles tem, falta mesmo é boa vontade!

Se lá realmente a situação não fosse grave, por quê eles tem medo que as pessoas vizitem o interior do Complexo? Por quê eles tem medo que alguém tire fotos de lá?

Tudo bem que ali é um terreno particular, e eles são donos e podem fazer oque querem, porém o caso do Hospital é totalmente diferente. O Hospital (ao contrário da mansão dos Matarazzo que foi construído para a familia Matarazzo e era um imóvel particular) foi construído justamente para as pessoas, principalmente para os imigrantes Italianos. O Conde Francesco até morrer, fez questão de continuar ampliando a instituição! O Matarazzo era um (se não o melhor Hospital de São Paulo) dos melhores hospitais, atendia pessoas de todas as classes sociais e tudo mais por mais de 90 anos, e neste tempo tantas e tantas pessoas foram salvas graças ao seu excelente atendimento, tantas crianças vieram ao mundo, tantos avanços da médicina. Pessoas de todas as regiões da cidade já foram atendidas ali. Histórias de vida infinitas!

Eu acho injusto eles não quererem deixar pessoas vizitarem o complexo hospitalar, pois o IMOVÉL É TOMADO COMO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA CIDADE DE SÃO PAULO, e porisso é um direito das pessoas, visitarem o imóvel.

E injusto também é deixar o complexo se arruinar de propósito (para fins escusos), tudo acabar desabando e com isso eles terem motivo para justificar o destombamento do imóvel, para assim terem o terreno livre para construir um par de coisas que São Paulo não precisa mais!

Muitas coisas erradas, que não podem continuar ocorrendo!

Porque eles não desistem do imóvel, e construam seus emprendimentos imobiliários de maneira legal, em outro lugar, livre de pendências judiciais, livre da pressão popular e afins?

Seria muito mais lucrativo!


É isso por hoje!
Viele Dank!







terça-feira, 14 de abril de 2009

UMA REPORTAGEM NA RÁDIO BANDEIRANTES SOBRE O HOSPITAL MATARAZZO


Olá amigos, voltei. Desculpe pela demora em postar, mas estava com preguiça de escrever, mas estou de volta.
Hoje vou contar um pouco sobre a reportagem que foi ao ar na rádio Bandeirantes, a uns dias atrás, sobre o Hospital Matarazzo.
Ela foi exibida no dia 23 de Março de 2009 (uma segunda feira) no programa "Primeira Hora", que é exibido entre as 7 até as 8 horas da manhã.
Primeiramente eles contaram resumidamente a história do lugar ( falaram sobre a fundação do
hospital, sobre o Francesco Matarazzo .Falaram inclusive que o hospital foi um dos maiores centros de sáude de São Paulo , atendendo inúmeros pacientes durante 90 anos ...)

Falaram sobre o hospital ido para as mãos do governo em 1986, pois a Sociedade Umberto Primo não estava mais conseguindo administrar o lugar ;

Também falaram sobre a época que o hospital fechou e sobre a atual situação do Hospital .

A reportagem enfatizou a situação alarmante em que se encontra o Complexo Hospitalar, resumindo os principais problemas , como por exemplo: o telhado quebrado, as inúmeras goteiras e infiltrações, rachaduras, teto quase sem forro etc ...

A PREVI havia sido notificada pelo Conpresp ( em fevereiro desse ano) e por isso interditaram o imóvel devido ao estado avançado de deteriorização dos prédios. O estacionamento que estava funcionando no local havia sido fechado pela prefeitura porque o estacionamento funcionava de forma irregular, sem alvará !

Só que a PREVI recorreu e conseguiu uma liminar da justiça para que o estacionamento fosse reaberto, e foi !!!!!

Havia sido feita uma proposta por parte da prefeitura a PREVI ( atual proprietária do imóvel ) para que eles entregassem o imóvel ( o Hospital Matarazzo ) à prefeitura . Em contrapartida a prefeitura doaria a PREVI o potencial construtivo em outra área valorizada da cidade, ou seja, seria dado à PREVI um terreno valorizado onde eles poderiam construir o que bem entendessem e que lhe renderia grandes lucros. O que que a PREVI fez com essa oferta ???? NADA !!!!!!!! Nem deram bola e ainda disseram que estão em longas negociações com algumas empresas ( " provavelmente empresas do setor imobiliário ) para dar um "uso" ??? ao hospital que dê uma grande rentabilidade a eles ...

Quando procurada pela reportagem, ninguém da PREVI quis gravar entrevistas,mas eles divulgaram uma nota. Eles negaram o fato do " Hospital Matarazzo" está extremamente deteriorado e que estão estudando propostas ( de quem??? dos imobiliários ???).

A Dr. Célia Marcondes falou com a reportagem e disse que esse problema é antigo, que esse estado acelerado de deteriorização vem seguindo em ritmo progressivo e que algo tem que ser feito com urgência !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Uma pessoa do governo também comentou a respeito ... Essa pessoa
disse que é um absurdo deixarem o Complexo Hospitalar ruindo enquanto os donos ficam especulando ... Não podem deixar isso acontecer !!!!!!!!!!

Os donos não quiseram falar, mas em compensação um vigia do estacionamento disse que dá dó ver uma construção tão bonita se deteriorando cada vez mais !!! São muitos os problemas e dentre eles o vigia também mencionou o telhado quebrado, as infiltrações, goteiras, rachaduras e que não existem banheiros lá !!! E eu reintero o que ele disse !!!! Tudo está arruinado !!! Vasos e pias quebrados ou enferrujados, e no último andar " junto a isso " tem as fezes dos pombos que sempre aparecem por lá ( pelo menos apareciam até pouco tempo !!!)

Finalizando a matéria alguém disse : '" PRA QUE ESSA REGIÃO PRECISA DE HOSPITAL?"


Essa frase é no minimo estupida, absurda, cretina! É até uma frase desrespeitosa com a população carente de São Paulo. E principalmente para as pessoas que tiveram algum tipo de ligação com o Hospital Matarazzo (ex funcionários, ex-pacientes).

Vou responder a essa frase com todo gosto! Primeiramente todas as pessoas que moram na região da Bela Vista sabem que a maioria dos Hospitais que funcionam na região, são particulares, somente pessoas com um bom nivél social tem condições de pagar (e até eles mesmos reclamam dos preços absurdos oferecidos por estes Hospitais).
Hospitais públicos na região temos o Hospital Brigadeiro (que cuida de crianças) e o Perola Bington (Hospital de mulheres), mas a região está precisando de um grande centro de saúde, que tenha muitas especialidades, atenda pessoas de todas as idades, independente da classe social, um Hospital que possa atender a uma grande demanda de pessoas (já que muitos Hospitais não estão dando conta da demanda de pessoas) e etc.

O Hospital Matarazzo voltando a ser reativado será muito importante, pois ali é uma região de fácil acesso para pessoas de toda a cidade, pois tem linhas de ônibus, metrô, para toda a cidade (muitas pessoas do meu bairro são ex pacientes do Hosp. Matarazzo). Quem de São Paulo não conhece a Av Paulista? Além disso, o Hospital voltando a ser reativado, poderia ter muitas utilidades, como por exemplo, poderia ter muitas enfermarias, salas de enxames, laboratórios, uma grande farmácia, centros cirúrgicos, uma parte só para fazer transplantes de orgãos, especialidades de todo tipo, consultas de rotina. Maternidade, escola de enfermágem, e muitas e muitas outras coisas (em outro post falarei mais sobre o problema da saúde pública de São Paulo, e também as vantagens que os paulistanos irão ter com a reabilitação do Hospital Matarazzo)

Respondi a pergunta, para que essa região precisa de Hospital.

A Previ deveria parar de só pensar em lucro, e pensar um pouco nas pessoas! Pessoas que poderiam sim, ser beneficiadas ganhando de volta seu tradicional Hospital, que é tão belo (com uma arquitetura tão bonita) e tão grande (que poderia ter muitas utilidades médicas).

Essa é a minha mensagem! "Pensem nas pessoas e faça o bem, pois dinheiro ninguém leva, depois que morre!"

Até mais amigos, logo eu posto mais!