sábado, 20 de dezembro de 2008

DEPOIS DA VISITA...

Naquele dia, depois que saimos do antigo Hospital, fomos no restaurante do Banco Real e fomos conversar mais sobre nossos próximos planos!
Depois, continuei fazendo novos contatos com pessoas comuns e com ex pacientes e ex funcionários. Mais para fazer o projeto, teriamos que obter mais informações.
Foi ai que escrevemos um e-mail para o Condephaat, falando sobre a problemática do Hospital, e perguntando se poderiamos agendar uma visita para a obtenção de informações!
Eles responderam e agendaram a visita. Falamos com o diretor do Condephaat. E ele disse as seguintes coisas:


* Quem é o responsável pela manutenção do imóvel é o atual proprietário ou seja a PREVI. Eles tem a obrigação de fazer reparos de manutenção pela conservação dos prédios.

*Apenas a Maternidade e a igreja podem ser preservadas integralmente, admitindo pequenas reformas. (P1)

*Na parte amarela (do Hospital) podem ser preservadas as fachadas (do lado de fora) e os gabaritos. Podendo ocorrer mudanças nas partes interiores dos prédios, podendo haver novas adaptações, um novo uso dos prédios. (P2)

*A parte do prédio em construção (aquele que não chegou a ser utilizado) do lado da igreja e da Pediátria, pode ser demolido ou então ser restaurado e adaptado a um novo uso. (P3)

* A PREVI quer vender o imóvel, porém não encontra alguém que se interessa pelo imóvel, devido ao alto preço do terreno, e o precário estado de conservação dos prédios. Como o Complexo está tombado não pode ser demolido, e uma reforma, mesmo em caso de locação ou venda do imóvel, sairia muito caro.

*Dois grupos foram ao Condephaat mostrando interesse no complexo hospitalar. O primeiro grupo foi de estrangeiros (italianos) que gostariam de implantar no complexo, um hotel de luxo com restaurantes (sem demolir o complexo, iria reformar e readaptar os prédios) más como a reforma do complexo é cara (devido ao seu estado de deterioração) e por ser um imóvel tomado, eles não apareceram mais (provavelmente desistiram). O outro grupo foi a fundação Getulio Vargas, que queria expandir sua sede para o complexo, implantando cursos lá, mais acabaram desistiram também.

*Muito desses grupos acham que não vale a pena investir dinheiro com uma compra e uma reforma e depois não ter um retorno financeiro.

*Poderia sim haver uma venda do imóvel (alguém comprar o imóvel da PREVI). Poderia apresentar um projeto (com uma equipe de arquitetos fazendo as plantas do Complexo exteriormente e interiormente, os custos de quanto ficaria o orçamento para fazer o restauro e etc) e mandar o projeto para o Condephaat, e assim eles (do condephaat) poderiam aprovar o projeto sim ou não. Para fazer a reforma e o restauro, teria que fazer algumas modificações (como trocar toda a fiação elétrica, novas instalações) e também usar materiais especificos para não danificar a estrutura do complexo.

* Como o Hospital Matarazzo é um imóvel tombado, e se houvesse uma venda (durante a ação) do imóvel, o governo do estado teria mais vantagens nesta compra. Porém eles, ou a prefeitura teriam que mostrar interesse na compra do imóvel.

* O governo estadual poderia transformar o complexo em hospital novamente, porém o problema seria o alto custo com a reforma do complexo. No caso de uma compra, o governo poderia pagar (porque seria um dinheiro público rsrsrs) mais a reforma se fosse com um financiamento de empresas e bancos, seria dificil.

*No caso da Catedral da Sé foi diferente porque o Dom Claudio é uma pessoa pública e isso atraiu a atenção dos governos, de empresas e de bancos para custear a reforma.

* Um Hospital (como o Matarazzo) não teria problemas em ser reabilitado, por ser em formato de casarão, e não de prédios. A Santa Casa de Misericórdia é maior que o Matarazzo, e é um dos melhores Hospitais de São Paulo e do Brasil.

*As pessoas da periferia de São Paulo e de outros estados brasileiros, preferem ir em Hospitais grandes (como o Hospital das Clinicas) não se importando com a distância. Em razão disso, os grandes Hospitais não estão dando conta da demanda de pessoas. Consultas estão demorando de 6 meses a 1 ano.

* Quando o Hospital foi invadido pelos Sem Terra em 1997, foram roubadas vários objetos do Hospital, entre eles banheiras (dos banheiros), e equipamentos hospitalares.

*O Matarazzo antes de fechar, chegou a receber verbas do governo, porém naquela época ouve muitas irregularidades.

*Ele chegou a visitar o complexo, e falou com o Sr Administrador do Complexo, que foi muito gentiu com ele.

*Além de tudo, ele nos mostrou um livro, que tem todo o processo de tombamento do Hospital Matarazzo, o destombamento, as plantas daquele projeto cretino da PREVI, e entre outras coisas, e que podemos ir na biblioteca do Condephaat, se quiser ler mais sobre o assunto.


Foi mais ou menos isso que ele disse, não sei se é verdade sobre oque ele falou, pois o Condephaat foi absolutamente afavor daquele projeto da PREVI de demolir parte do Complexo para a construção de shopping, salas comerciais, flat, e um pequeno Hospital (para ricos).
Mais espero que dê alguma forma essas informações nos ajudem futuralmente.

Outro dia eu volto!
Kisses my friends!

2 comentários:

Cris disse...

Oi Luana,
lendo seu blog senti um aperto no coração...
Nasci na maternidade Matarazzo, em 1977, uma tinha minha foi enfermeira do hospital, andei muitas vezes pelo subterrâneo de lá, ela sempre me levava pra lá. Não sei porque eu gostava muito de passear nesse hospital. Triste destino o dele.
Quando passo em frente ao complexo, sinto saudades..é uma pena o jeito que se encontra e o descaso.
Parabéns pelo trabalho.

ericao disse...

minha esposa passou por este hospital, onde fez tratamento contra um cancer. Sei tratamento foi um sucesso. UM dos medicos da ala de pediatria da epoca recebeu o apelido de tio pepito. Um dia nos passamos na calcada e minha esposa na se conteve em lagrimas.Parabens pelo trabalho.