terça-feira, 1 de outubro de 2013


20 ANOS FECHADO E MUDANÇAS NO TOMBAMENTO?!

No dia 10 de Outubro faz exatamente 20 anos que o Hospital Humberto I, ou Matarazzo foi interditado pela vigilância sanitária, atolado de dívidas e desde então nunca mais voltou a funcionar. E o seu estado vem piorando de ano em ano, com indefinições sobre seu futuro, e se degradando constantemente.

Atualmente o imóvel passa por mais uma situação. No dia 07 de Outubro, terá uma audiência pública e nela será decidida o destino do Hospital Matarazzo. Esta audiência terá como objetivo de estudar uma possível revisão das normas do tombamento, para a implantação do projeto do grupo Allard, no qual consiste em construir um hotel, um espaço cultural Banco do Brasil e uma torre comercial.

A Audiência Pública será realizada na data, horário e local e indicados abaixo:
DATA: 07 de outubro de 2013
HORÁRIO: 17h00 às 20h00
LOCAL: Theatro São Pedro

http://www.cultura.sp.gov.br/StaticFiles/SEC/Condephaat/REGULAMENTO%20DE%20AUDI%C3%8ANCIA%20P%C3%9ABLICA.pdf

Muito preocupante isso gente. Se as normas de tombamento sofrer mudanças, o pessoal do grupo Allard vai fazer o que quiser lá, e o Hospital corre um sério risco! Olho neles!

terça-feira, 4 de junho de 2013


Recentemente saiu no jornal " Diário de São Paulo" uma matéria sobre o Hospital Matarazzo, falando que assim como seus antigos proprietários, o grupo Allard está deixando o Hospital sem manutenção
Segue abaixo o link e a matéria:

Abandono estraga ícone da arquitetura

Patrimônio da cidade, Hospital Umberto Primo sofre com problemas. Ação tenta responsabilizar donos
FERNANDO GRANATO
O Hospital Umberto Primo, inaugurado em 1904,  nas imediações da Avenida Paulista, região central da cidade, encontra-se abandonado e fechado, com forros caindo, infiltrações e fiação exposta.

Ícone da arquitetura paulistana, o hospital foi financiado pela colônia italiana de São Paulo, principalmente pelo conde Francisco Matarazzo, que também ergueu o império Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, daí o apelido que ganhou de Hospital Matarazzo.

Nos seus tempos áureos, a instituição chegou a atender 40 mil pacientes por mês, sendo omaior centro de atendimento a queimados da América Latina.
 Em 2011, a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), dona
 da área desde 1996, assinou a venda do terreno à holding de investimento WWI e ao 
grupo francês Allard, após mais de um ano de negociações.
A ideia do grupo é transformar o imóvel em um complexo com hotel de luxo, centro 
cultural, 
dois teatros, cinemas, lojas e restaurantes. Mas para isso precisa viabilizar o projeto junto 
aos órgãos do patrimônio histórico, já que o imóvel é  tombado desde  1986 pelo 
Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico
 e Turístico do Estado de São Paulo).
Preocupado com a deterioração do imóvel, o vereador Gilberto Natalini (PV) entrou com 
uma ação de vistoria judicial, para que os proprietários sejam responsabilizados pelo 
suposto prejuízo ao patrimônio histórico da cidade.

 
NEGLIGÊNCIA/  “Os atuais proprietários, que também negligenciam o dever legal de 

zelar e preservar o complexo, devem ser responsabilizados pelos danos causados
 ao patrimônio edificado”, afirmou o vereador na ação. “Aliás, não é absurdo afirmar 
que o descaso dos proprietários com o imóvel não é fortuito. É até mesmo
 lógico deduzir que a negligência na conservação do bem tem relação direta com
 a intenção declarada do grupo francês de erguer na área tombada um hotel seis estrelas, 
teatros, galeria de arte, espaço para shows e shopping center, no local hoje tutelado 
pelo instituto do tombamento”, completa.

 
Os atuais proprietários do imóvel foram procurados pelo DIÁRIO para comentar a ação 

do vereador, mas não foram encontrados.