quarta-feira, 27 de julho de 2011

VENDA DO HOSPITAL MATARAZZO


Ontem foi acertada a venda do antigo Hospital Matarazzo para o grupo hoteleiro francês Allard e WWI, e no local eles pretendem implantar um hotel de altissimo luxo, um centro cultural, comercial e gastronômico.
Será que eles vão respeitar as normas de tombamento? Será que esse "centro comercial" é o tal shopping?
É para se lamentar essa noticia, mas não deixaremos eles cometerem nenhuma basbaridade com o local onde abrigava o Hospital.
É triste pensar que um lugar onde serviu diversas pessoas, ajudando pobres e ricos, imigrantes, migrantes ... enfim, gente de todos os lugares e agora se transformar em lugar de RICO!?
Triste ... estamos no Brasil e em São Paulo, uma cidade onde os poderosos mandam!
Vou publicar as matérias referentes a venda do antigo Hospital:

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Grupo francês compra antigo Umberto Primo

http://http//www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110727/not_imp750262,0.php

Área de 27 mil metros quadrados, que vai abrigar hotel de luxo, centro cultural, teatros e lojas, foi vendida por R$ 117 milhões

O Hospital Umberto Primo, ícone arquitetônico da capital abandonado há 18 anos, será transformado em um complexo com hotel de luxo, centro cultural, dois teatros, cinemas, lojas e restaurantes. Ontem, a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), dona da área desde 1996, assinou a venda do terreno à holding de investimento WWI e ao grupo francês Allard, após mais de um ano de negociação.

A compra dos 27 mil metros quadrados de área na Bela Vista, região central da capital, foi fechada por R$ 117 milhões, já pagos à Previ. Os novos donos do imóvel, tombado em 1986 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), vão agora dar entrada com o projeto nos governos municipal e estadual para viabilizar a obra de revitalização, que deve custar pelo menos R$ 200 milhões.

O Estado apurou que o grupo está em negociações com o Banco do Brasil para que a instituição patrocine o centro cultural do complexo. O grande chamariz do empreendimento, no entanto, será o hotel de luxo, com projeto do designer pop Philippe Starck e do grupo francês Allard, dono de três propriedades históricas em Paris transformadas em hotéis. Starck, que já veio a São Paulo para estudar o local, voltará à cidade e dará ideias que serão depois adaptadas por um arquiteto brasileiro. O hotel deverá ficar na área da maternidade do Umberto Primo, que foi aberta em 1943 e chegou a ser considerada uma das melhores da América do Sul.

Por meio de uma nota oficial, a Previ afirmou que a venda foi resultado da elaboração de um plano de negócios que levou em consideração a "complexidade" do antigo hospital, em razão de "questões tais como o tombamento e sua importância histórica para a população; exigências legais e ambientais para a utilização do imóvel; bem como o compromisso do comprador em preservar as características do imóvel". O presidente do grupo de investimento WWI não foi encontrado pela reportagem para comentar o negócio.

Abandono. Inaugurado em 1904 na região da Avenida Paulista, na Bela Vista, o Umberto Primo foi totalmente financiado pela colônia italiana de São Paulo. Um dos que mais contribuíram foi o conde Francisco Matarazzo, que também ergueu o império Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo. Com o abandono nos últimos anos, o conjunto de prédios do hospital e da maternidade está com forros caindo, infiltrações e fiação exposta.

Desde 1999 a Previ tentava vender o hospital, mas teve dificuldades por causa de restrições impostas pelo patrimônio público. Há cerca de um ano, a Previ negociou com a mesma WWI e com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) a venda do imóvel. A informação causou uma saia-justa com a Fundação São Paulo, órgão ligado à Igreja Católica e mantenedor da instituição, que não sabia do caso. A PUC saiu do negócio, mas a WWI levou o projeto adiante, selado agora.

Alguns detalhes do novo complexo, no entanto, ainda poderão mudar de acordo com as diretrizes ditadas pela Prefeitura e pelos órgãos de patrimônio.

CRONOLOGIA

1904
O Hospital Umberto Primo é inaugurado pela Societá de Beneficenza em San Paolo per l"Ospedale Umberto Iº.

1986
O conjunto arquitetônico é tombado pelo patrimônio histórico do Estado.

1993
O hospital é interditado pela Vigilância Sanitária. Três anos depois, a Previ compra o imóvel, com projeto de reforma do hospital, o que não leva adiante.

1999
A Previ não consegue anular o tombamento e a área é praticamente abandonada

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Previ vende imóvel do Hospital Matarazzo por R$ 117 milhões

Grupos WWI e Allard são os compradores da área de 27 mil metros quadrados, em São Paulo, que deve receber um hotel de luxo

http://economia.ig.com.br/previ+vende+imovel+do+hospital+matarazzo+por+r+117+milhoes/n1597102152864.html

A Previ anunciou nesta terça-feira a venda do imóvel que abrigou o antigo Hospital Matarazzo por R$ 117 milhões. Desativado desde 1993, o hospital está localizado em um terreno de 27 mil metros quadrados, em uma região nobre de São Paulo. Os compradores, os grupos WWI e Allard, devem construir um hotel de luxo no local.

O grupo francês Allard é reconhecido pela sua atuação no mercado de altíssimo luxo. Eles devem investir cerca de R$ 500 milhões para transformar o terreno do antigo Hospital Matarazzo no primeiro hotel seis estrelas do Brasil, segundo apurou Guilherme Barros, colunista do iG.

“A desalienação do imóvel foi resultado da elaboração de um plano negocial minucioso devido a complexidade do ativo, relativa a questões tais como o tombamento da edificação e sua importância histórica para a população”, informou a Previ, em comunicado.

O novo projeto para utilização do edifício deve respeitar as características arquitetônicas do imóvel.

A Previ é proprietária do imóvel desde 1996 e começou a buscar interessados em adquirir o complexo desde 2005. Além da Allard, a Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) também manifestou interesse no empreendimento.

Os grupos Allard e WWI já efetuaram o pagamento à Previ.


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PREVI vende imóvel que abrigou Hospital Matarazzo

http://www.previ.com.br/

A PREVI e uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelos grupos WWI e Allard assinaram hoje, 26/07, contrato de compra e venda do imóvel que abrigou o antigo Hospital Umberto Primo, também conhecido como Hospital Matarazzo. Situado na região da Avenida Paulista, em São Paulo, o imóvel tem 27 mil m2 de área total e 36 mil m2 de área construída, em uma edificação centenária tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT). A PREVI era proprietária do imóvel desde 1996.

A venda do imóvel foi fechada pelas partes em R$ 117 milhões, já pagos pela SPE à PREVI. A desalienação do imóvel foi resultado da elaboração de um plano negocial minucioso devido a complexidade do ativo, relativa a questões tais como o tombamento da edificação e sua importância histórica para a população; exigências legais e ambientais para a utilização do imóvel; bem como da preocupação da PREVI, e da cidade de São Paulo, com o compromisso do comprador em preservar as características do imóvel e sua melhor utilização em prol da sociedade.

Pela Política de Investimentos dos planos de benefícios da PREVI, um dos focos é em imóveis, mais especificamente nos segmentos de edifícios comerciais e shopping centers. "A venda do Umberto Primo já vinha sendo estudada há algum tempo como parte do Plano de Otimização da Carteira Imobiliária. Diante das condições de mercado e avaliações realizadas, foi um bom negócio para os participantes da PREVI" destacou o Diretor de Investimentos da PREVI, Renê Sanda.

Histórico

O Hospital Umberto Primo ou Ospedale Umberto Iº, como constou do seu primeiro estatuto, foi inaugurado em 14/8/1904, construído pela Societá de Beneficenza em San Paolo per l'Ospedale Umberto Iº. Durante a Segunda Guerra Mundial, por suas ligações com um dos países do Eixo, a Sociedade que o administrava foi nacionalizada e o Hospital passou a se chamar, em 23/9/1942, Hospital Nossa Senhora Aparecida e Casas de Saúde Matarazzo. Em 27/3/1956, tornou-se Hospital Matarazzo Ex-Umberto Iº. Em 1986, esteve interditado por cerca de três meses e, quando de sua reabertura, em 30 de julho, novamente voltou a se chamar Hospital Umberto I até a sua desativação, em 17/10/1993.

A PREVI adquiriu o imóvel em novembro de 1996 e a compra estava vinculada ao projeto de reforma do hospital. Entretanto, processos judiciais impediram a sua implementação. Em janeiro de 2005, a PREVI fechou um contrato de locação, e meses depois, iniciou a busca de interessados no imóvel, que, após processo competitivo, culminou com a venda aos grupos WWI e Allard.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

HOSPITAL MATARAZZO PRESTES A SER VENDIDO PARA GRUPO HOTELEIRO FRANCÊS


Olá pessoal.

Vou repassar aqui a matéria que saiu no jornal " Folha de São Paulo" sobre O Hospital Matarazzo e a noticia é preocupante. Segue abaixo a matéria:




Hotel negocia prédio de hospital tombado

Dona do prédio do Umberto Primo, conhecido como hospital Matarazzo, confirma que está prestes a vender o imóvel

Grupo Allard pretende restaurar o complexo para fazer ali o primeiro hotel classificado como "seis estrelas" do Brasil

O antigo hospital Umberto Primo, também conhecido como hospital Matarazzo, na região da avenida Paulista, está próximo de ser vendido.

O principal interessado, segundo a Folha apurou, é o grupo proprietário do hotel Le Royal Monceau, em Paris, recentemente reformado.

A ideia do grupo Allard é restaurar o antigo hospital para fazer ali o hotel mais luxuoso do Brasil, classificado internacionalmente como "seis estrelas", e outro padrão cinco estrelas.

A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil dono do prédio, confirma que está "em estágio avançado de negociação com grupos de investidores interessados no imóvel".

O órgão, no entanto, não informa quem seriam os investidores interessados nem qual é o destino que deve ser dado ao prédio.

O grupo Allard, que mantém um escritório e um diretor-executivo no Brasil desde 2008, não respondeu. Informou apenas que, na próxima semana, deve ter novidades sobre o assunto,
mas não confirmou nem sequer se está relacionado com a negociação com a Previ.

Alexander Allard, presidente do grupo, é conhecido nos Estados Unidos e na Europa por seusinvestimentos no mercado de alto luxo.

O Le Royal Monceau, por exemplo, foi comprado por ele em 2007 e reformado com
projeto do renomado designer Philippe Starck.

O projeto para o hospital Matarazzo, que também deve ser assinado por Starck, inclui ainda uma galeria de arte e uma área para shows. Os dois -Allard e Starck- estiveram em São Paulo no fim do ano passado, mas não revelaram quais negócios pretendiam fazer na cidade.

A Folha apurou que o grupo já está, inclusive, negociando a contratação de uma frota de táxis -seriam 30 carros, dez deles blindados- para atender aos futuros clientes dos hotéis.

O prédio é tombado pelos órgãos do patrimônio histórico estadual e municipal, que
ainda não foram consultados sobre a possível reforma.

No ano passado, a Previ pediu autorização para fazer uma manutenção no prédio -havia telhas quebradas e calhas entupidas. Neste ano, novo pedido, agora para instalar sistema anti-incêndio.

O complexo com dez edifícios foi construído entre 1904, quando a ala administrativa foi inaugurada, e 1974. Endividado, o hospital fechou em 1993, quando o prédio foi vendido à Previ.

No total, são 26,3 mil m2 de área construída em um terreno de 19 mil m2. Corretores que atuam na região da avenida Paulista estimam que o imóvel valha, pelo menos, R$ 160 milhões, podendo chegar a R$ 260 milhões.
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