terça-feira, 4 de junho de 2013


Recentemente saiu no jornal " Diário de São Paulo" uma matéria sobre o Hospital Matarazzo, falando que assim como seus antigos proprietários, o grupo Allard está deixando o Hospital sem manutenção
Segue abaixo o link e a matéria:

Abandono estraga ícone da arquitetura

Patrimônio da cidade, Hospital Umberto Primo sofre com problemas. Ação tenta responsabilizar donos
FERNANDO GRANATO
O Hospital Umberto Primo, inaugurado em 1904,  nas imediações da Avenida Paulista, região central da cidade, encontra-se abandonado e fechado, com forros caindo, infiltrações e fiação exposta.

Ícone da arquitetura paulistana, o hospital foi financiado pela colônia italiana de São Paulo, principalmente pelo conde Francisco Matarazzo, que também ergueu o império Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, daí o apelido que ganhou de Hospital Matarazzo.

Nos seus tempos áureos, a instituição chegou a atender 40 mil pacientes por mês, sendo omaior centro de atendimento a queimados da América Latina.
 Em 2011, a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), dona
 da área desde 1996, assinou a venda do terreno à holding de investimento WWI e ao 
grupo francês Allard, após mais de um ano de negociações.
A ideia do grupo é transformar o imóvel em um complexo com hotel de luxo, centro 
cultural, 
dois teatros, cinemas, lojas e restaurantes. Mas para isso precisa viabilizar o projeto junto 
aos órgãos do patrimônio histórico, já que o imóvel é  tombado desde  1986 pelo 
Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico
 e Turístico do Estado de São Paulo).
Preocupado com a deterioração do imóvel, o vereador Gilberto Natalini (PV) entrou com 
uma ação de vistoria judicial, para que os proprietários sejam responsabilizados pelo 
suposto prejuízo ao patrimônio histórico da cidade.

 
NEGLIGÊNCIA/  “Os atuais proprietários, que também negligenciam o dever legal de 

zelar e preservar o complexo, devem ser responsabilizados pelos danos causados
 ao patrimônio edificado”, afirmou o vereador na ação. “Aliás, não é absurdo afirmar 
que o descaso dos proprietários com o imóvel não é fortuito. É até mesmo
 lógico deduzir que a negligência na conservação do bem tem relação direta com
 a intenção declarada do grupo francês de erguer na área tombada um hotel seis estrelas, 
teatros, galeria de arte, espaço para shows e shopping center, no local hoje tutelado 
pelo instituto do tombamento”, completa.

 
Os atuais proprietários do imóvel foram procurados pelo DIÁRIO para comentar a ação 

do vereador, mas não foram encontrados.