domingo, 29 de março de 2009

UM TEXTO SOBRE O HOSPITAL MATARAZZO NO CREMESP


Olá pessoal, voltei.
Hoje vou publicar um texto que achei, do site do CREMESP (
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DE SÃO PAULO) e neste texto, publicado em Fevereiro desde ano, fala sobre o fechamento de dois dos Hospitais mais tradicionais de São Paulo, O Hospital Matarazzo e a Maternidade São Paulo.
Logo volto a postar mais!

Segue abaixo o texto:


Um século de história da medicina em pleno abandono

O fechamento do Hospital Matarazzo e da Maternidade São Paulo está apagando da memória dos paulistanos duas das mais importantes instituições de atendimento à saúde da população, que fizeram parte da história da cidade.

Financiados pela classe médica e industrial paulista, esses hospitais, construídos no final do século 19, vivenciaram, no decorrer dos séculos 20 e 21, o seu apogeu e queda. O descaso e a má administração foram os principais personagens desse crime contra a saúde pública no Estado.

HOSPITAL MATARAZZO

Segundo Carlos Alberto Garcia, ex-diretor do hospital, com a decadência do “império Matarazzo”, em 1986 o hospital deixou de pertencer à Sociedade Beneficente Hospital Umberto Primo, que era de controle da família. Sua administração foi dividida entre a comunidade ítalo-brasileira de São Paulo, os funcionários – mas ambos não tiveram recursos para mantê-lo – e a Secretaria de Estado da Saúde, que por dificuldades econômicas e administrativas fechou o hospital em outubro de 1993.

Com o slogan “A saúde dos ricos para os pobres”, a Societá Italiana de Beneficenza in San Paolo, cujo principal contribuinte era o conde Francisco Matarazzo, inaugurou, em 1904, o pavilhão administrativo Humberto I e, posteriormente, em 1915, a Casa de Saúde Francisco Matarazzo. A intenção da sociedade, ao adquirir o terreno de 27.419 m² entre as atuais ruas São Carlos do Pinhal, Itapeva e Alameda Rio Claro, era construir um hospital para os imigrantes italianos que viviam em São Paulo. Durante as décadas seguintes foram feitas obras de ampliação do complexo hospitalar, como a construção da capela em 1922; a Casa de Saúde Ermelino Matarazzo em 1925; a Clínica Pediátrica “Amélia Camilis” em 1935; e a Maternidade condessa Filomena Mata¬razzo construída em 1943, especialmente para o parto da filha do conde.

Na década de 50, chegou a ter 500 leitos, dez a mais que na sua inauguração, e nos anos 70 passou a ser referência na formação de profissionais, ao firmar convênio com o Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), sendo que sua maternidade era vista como a melhor da América do Sul. “É triste ver o hospital fechado, já que era o único no eixo da avenida Paulista que atendia pelo SUS”, lamenta Garcia.

Em 1996, o imóvel foi comprado pela Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), que tinha projetos de vendê-lo para a construção de um shopping e um hotel de luxo, porém o alto custo da reforma, o seu tombamento em 1986 – que impede a construção de outras instalações que o descaracterizem – e a ação civil dos moradores do bairro Bela Vista contra a obra, afastaram os interessados. Segundo informou a assessoria da Previ, a entidade “vem prospectando negócios que tragam a melhor rentabilidade e maior liquidez para o investimento, respeitando as questões legais, limitações construtivas e tombamento”.

Em 2005, a Fundação Zerbini, ligada ao Instituto do Coração (Incor-SP), demonstrou interesse em alugar o imóvel por 20 anos, porém sua assessoria informou que o projeto não seria viável financeiramente e o contrato não se concretizou. Enquanto não tem um destino certo, o prédio do antigo hospital está abandonado e sujeito a invasões, como a de 1998, na qual um grupo de sem-tetos entrou no local e vários equipamentos foram roubados.


11 comentários:

Unknown disse...

Quem sabe vc pode me ajudar? Minha mãe foi funcionário do Hospital Matarazzo por 10 anos entre as décadas de 70 e 80 e hj em vias de se aposentar precisa de seu Perfil Profissiográfico Profissional. Vc sabe quem ficou com os livros de registro dos funcionários?
Meu nome é Gabriela e meu e-mail é candido.monteiro@terra.com.br

Unknown disse...

preciso encontrar o acervo da capela santa luzia ,do hospital humberto primo
meu filho nasceu na maternidade do mesmo e foi batizado na capela
desde já agradeço
marillena
ribeirão preto,19/09/2009

glorinha disse...

Minha mãe trabalhou na família Borges Carneiro até 1965. O Dr. Franscisco Tancredo era médico do hospital Matarazzo. Algum poderia informar se ele ainda atua na profissão e em qual hospital? gostaria muito de contactá-lo para saber se consigo obter informações sobre o meu irmão João Paulo Aires de Souza, pois o pais do douto mencionado eram padrinhos do meu irmão. Não temos notícias há 35 anos.

Agradeço,
Glória Oliver

freeman68 disse...

Estive internado na unidade de infectologia no ano de 1987 (contava com 17 anos de idade),e estava quase para morrer. Em meio a um final que me parecia proximo conheci uma linda enfermeira chamada "Cristina" que se parecia com a linda Cleópatra... sempre fui apaixonado por essa mulher e nunca mais ouvi falar dela... tive muitas outras mulheres em minha vida, meu coração sempre foi dela... se ela vir isso um dia saberá que falo dela... meu e-mail: freeman68@gmail.com

Anônimo disse...

Preciso do meu registro de batismo para poder batizar minha filha, mas não sei como encontrar, nasci no hospital matarazzo, se alguém puder me ajudar...
Fico no aguardo.
Desde já agradeço.
Renata
e-mail: renatapircio@hotmail.com

isa disse...

Ilsa Duarte de Souza, mae de Larine Cecilia Duarte Souza(29 anos) e Muryel Cecilia Duarte Souza(27 anos), nasceram no antigo Hospital do Matarazzo em 81 e 84, e preciso urgente do registro de batismo para o casamento,gostaria de saber onde foi parar o acervo da capela e a quem devo procurar para este documento..Grata..Ilsa
meu emais: tucanaisa@hotmail.com, isadasartes@gmail.comfones 11 31047544

Walter disse...

Estou chocado! Nasci neste Hospital em 1965. Minha irmã nasceu lá também em 1974. Meu pai foi operado lá. Minha família toda tem uma história em comum com este hospital. É uma pena que nós brasileiros não tenhamos memória e, com isso, acabamos por não respeitar um patrimônio cultural tão rico fruto de árduo trabalho e que nos foi deixado. Uma pena que um local onde tantos recuperaram a saúde agora se encontra agonizante. Walter F. Júnior

SAMANTHA S. FERREIRA disse...
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SAMANTHA S. FERREIRA disse...
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SAMANTHA S. FERREIRA disse...
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datado de fevereiro de 2012